05

38.6K 3.1K 1.4K
                                    

Rebeca 🌸

Era mais uma reunião de traficantes, para todos eu fui apresentada pelo meu próprio nome mesmo, como ele preferiu. Fiquei ao lado dele o tempo todo enquanto podia, ele conversava com os homens e eu olhava pro nada, viajando.

Eles foram pra a sala de reunião e eu fiquei conversando com algumas mulheres, maioria dali eram amantes dos caras e as poucas fiéis que tinham, ficavam intrigando com elas e eu só olhava aquilo.

Três horas da manhã o Gomes saiu rindo de lá e me olhou, ajeitei minha postura e ele veio na minha direção, me levantei e coloquei um sorriso amigável no rosto.

Gomes: Bora meter o pé.- Concordei e ele passou a mão pela minha cintura.

Saímos juntos em direção ao carro dele e quando entramos, eu fui amarrando meu cabelo e respirando fundo.

Rebeca: Estou com fome.- Murmurei colocando o cinto.

Gomes: Eu tenho o que com isso, garota? Mó chata tu é comigo, eu ein.- Eu ri de lado.

Rebeca: Você que se acha, malucão.- Ele negou.

Vi ele fazendo o caminho mas na real eu sabia que a gente tava em uma parte mais afastada do Rio, pois tinha demorado pra gente chegar e deu pra ler algumas placas, só não me atentei muito. Ele parou num posto de gasolina e os seguranças dele logo acompanharam, descendo do carro e vindo até a janela, enquanto eu permaneci quieta.

- Rolou algum bagulho? - Olhou pra gente.

Gomes: Descola algum bagulho pra comer ali pô, hambúrguer, pizza, o que tiver, namoral.- Deu o dinheiro ao homem que balançou a cabeça saindo em direção ao mini restaurante que ali ainda tinha aberto.

Rebeca: Vou no banheiro ali.- Falei soltando o cinto e ele me olhou.

Gomes: Quer que algum moleque te leve lá? - Neguei.

Na real é que geral sabia que posto de madrugada só tinha macho escroto, principalmente por ver mulher "sozinha." Mas eu já tava acostumada. Desci do carro de salto, vestido longo igual uma princesa, fui ao banheiro e como já era de se imaginar, quando eu sair tinha dois homens no corredor, tentei passar sem mais ou menos, porém puxaram meu braço, me colocando pra trás e entrando na minha frente.

- Parece uma princesa.- Passou a mão na minha bunda, era sempre assim!

Fui levantar a perna pra chutar o saco do cara quando escuto o barulho de uma arma sendo carregada, olho pro início do corredor e o Gomes tá lá cheio de pose.

Gomes: Bora.- Levantei a cabeça passando por eles e eles não falaram mas nada, passei pelo Gomes e ele guardou a arma.

Rebeca: Eu hein, se acha o bucetudo. Falei que eu me virava...- Falei ao lado dele.

Gomes: Para de ser mal agradecida garota, feiona tu.- Eu sorri de lado entrando no carro e vi que as comidas já tavam ali.

Peguei um hambúrguer e ele outro, ligou o carro e saímos calados, enquanto eu devorava os outros hambúrgueres na maior vontade, vendo ele só me olhar de lado. Chegamos no morro, ele parou na porta da casa e me olhou.

Gomes: Papo reto que tu não vai liberar? - Falou cheio de malícia e eu sorri de lado, negando.

Rebeca: Obrigada por livrar aquela hora, tenha uma boa noite.- Falei abrindo a porta do carro e ele riu, virando o rosto.

Desci do carro fechando a porta e entrei em casa, o dia tava quase amanhecendo já, fui direto pro meu quarto e vi o Fael deitado na cama sem roupa, assim como a Priscila no peito dele. Respirei fundo e sai acordando ele, que acordou puto pra meter o pé do quarto.

Nossa ambiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora