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Rebeca 🌸

Tava xoxa pra tudo, sem clima, sem vontade sabe. Queria apenas ficar quietinha na minha pro resto do ano, bateu a saudades dos meus pais, não tava sabendo lidar mas não queria surtar.

No meu ouvido tinha chegado que Gomes pegou várias meninas na nova Holanda no dia que ele foi, o que me deixou mais chateada e tudo só foi juntando e pronto, Rebeca acabada.

Sábado a noite passou, baile e geral foi, permaneci na minha. Domingo continuei trancada no quarto, até alguém bater na minha porta na hora do almoço, fiquei encarando o nada até a Kaila abrir a porta com um prato feito em mãos.

Kaila: Faz quase dois dias que você não desce pra comer nada, o que aconteceu? - Falou me estendendo o prato.- Eu que fiz, tá ótimo como sempre.

Rebeca: Olha só, convencida.- Sorri fraco colocando o prato na bancada.

Kaila: O que aconteceu, Beca? Você tá com cara de morta.- Neguei.

Rebeca: Nada não, só tô de tpm.- Menti e ela me encarou.- Obrigada pela comida.

Kaila: Tá bom, qualquer coisa me chama.- Beijou minha testa e saiu.

Fiquei olhando pra comida e neguei, me deitando na cama de novo. Mas me levantei, passei pelo espelho vendo que eu estava horrível, então fui tomar banho. Demorei o tempo necessário, hidratei meu cabelo, fiz até fitagem com paciência. Me arrumei e desci, vendo as meninas na sala, falei com elas que me perguntaram o que tava acontecendo e eu falei que tava tudo bem.

Coloquei a minha comida pra esquentar, que por sinal era lasanha e fiquei esperando. Comi meio que obrigada pois meu estômago estava rejeitando, mas me alimentei pelo menos. Saí de casa e fui andando pelo morro, passei pelo Lx e perguntei sobre o Gomes, logo ele me disse que tava na praça.

Desci calma e tranquila, avistei ele de longe. Sentado, de cara fechada e com um copo na mão, rodeado de mulheres mas ele tava olhando pro telão, onde passava o jogo do Flamengo por sinal.

Quando cheguei mais perto, ele me olhou por um tempo, chamei ele com a mão mas ele simplesmente desviou o olhar, se ajeitando na cadeira. Olhei em volta e dei as costas, indo em direção à lanchonete que a Priscila trabalhava.

Nossa ambiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora