Rebeca 🌸
Rebeca: Tá me olhando assim por que, bonita? - Falei fazendo voz de criança, vendo a Larissa me olhar com biquinho e cara de choro.- Tô querendo chorar igual a você, quer que eu te acompanhe então? - Ela puxou meu cabelo e eu sorri fraco.- Tô com saudades dela, tô preocupada com a titia Catarina, tô preocupada com o titio Gomes, o que a gente faz?!
Larissa ficou me encarando enquanto eu buscava resposta em seus olhos e a única que eu obtive, foi o choro. Senti as lágrimas descendo levemente enquanto ela me encarava e sua mão batia por todo meu rosto, escutei o motor da moto barulhando e limpei meu rosto ajeitando a Larissa no meu colo, estávamos no quarto e pouco tempo até o Gomes entrar me olhando.
Gomes: Que cara de choro é essa? - Falou jogando a chave em cima da cama e sentando no nosso lado.
Rebeca: Ela não me respondeu ainda também.- Brinquei, falando da Larissa e ele pegou ela, que deitou no seu ombro no mesmo momento.
Gomes: Tô falando de você.- Me encarou e eu olhei pra ele.
Rebeca: Não quero perder você, não quero perder a Larissa nem muito menos a Catarina, Gabriel.- Falei com voz de choro.
Gomes: Tu não vai perder ninguém, garota.- Puxou meu cabelo, me fazendo deitar no peito dele.- Tá tudo no controle, na mão do pai aqui.
Rebeca: Não é tão simples assim, Gabriel.- Falei chorando e ele me afastou, colocou a Larissa sentada no meio das suas pernas e me fez ficar de frente pra ele.
Gomes: Tá na hora de colocar ela no nosso nome, né? - Olhei pra Larissa.
Rebeca: Tá fugindo do assunto? - Passei a mão no rosto.
Gomes: Pô, tá ligada que a gente nunca pensa em coisa ruim, né Rebeca? Coloca fé e confiança no bagulho, num sei o que vai rolar não faço ideia, mas te prometo que amanhã já vai tá tudo suave! Eu, tu, Catarina e Larissa tudo aqui, na maior paz, tu só tem que confiar e acreditar porra, somente.
Rebeca: Você pode colocar ela no teu nome? - Ele deu os ombros, colocando ela em pé.
Gomes: Dou um jeito no bagulho.- Segurei o rosto dele dando um selinho e a Larissa deu um grito, metendo a mão na minha cara.
Rebeca: Gomes! - Falei alto o nome dele que tava rindo e ele me olhou.
Gomes: Aí tu vem reclamar comigo? Reclama com ela maluca.- Falou rindo e eu olhei pra ela, que ela junto dele.
Rebeca: Não pode fazer isso, eu hein maluca.- Segurei a mão dela e ela me olhou.
Gomes: Mais uma com ciúmes do gatinho aqui.
Rebeca: Pelo menos quando sair com ele vai ficar de olho né, gatinha? - Peguei ela me levantando e ela ficou toda risonha.
Gomes ficou tentando pegar ela do meu colo de volta trazendo a chuva de risadas dela até o momento do banho, fui toda bonita com ela enquanto o Gomes me ajudava e amenizava o choro da porquinha que não gostava de banho e depois arrumamos ela, sentamos pra comer e ficamos viajando ali até a tal hora marcada chegar, altos moleques chegaram aqui em casa e eu fiquei quietinha observando tudo com a Larissa, que dormia tranquila ao meu lado.
Pelo que eu entendi, o Gomes queria atacar, pegar a Catarina e matar a mocinha, sem conversa ou joguinho dela. Ele separou um grupinho de meninos pra ficar na minha segurança e da Larissa aqui em casa, todos foram saindo e eu fui atrás, até o portão.
Gomes: Cê sabe que eu volto, não é? - Falou me olhando nos olhos.- Aí te prometo que o final de semana a gente tira pra viajar pra algum lugar.
Rebeca: Ouvi Fernando de Noronha? - Cruzei os braços e ele sorriu, segurando meu rosto.
Gomes: Vai escolhendo aí pô, vai que ganha na sorte.- Fiz careta e ele me beijou.- Te amo.
Rebeca: Vai com Deus.- Pisquei e ele se soltou me encarando.- Só ganha um te amo quando voltar.
Gomes puxou meu cabelo devagarinho e saiu passando a mão no cabelo, vários carros e motos saíram de uma vez e os meninos que tavam na segurança pediram pra eu entrar, tranquei tudo como eles falaram e fui pro quarto, após verificar e trancar janela, porta e tudo possível. Coloquei um desenho e fiquei assistindo com a Larissa, mas não aguentei e acabei deixando ela deitadinha, enquanto me ajoelhei pedindo proteção.
