Presságio de uma Guerra

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Yuriko

Eu deveria ir ver minha mãe, meu avô e minhas tias, eu também deveria estar fora em uma missão suicida com outros três Jinchurikins, mas eu não estou fazendo nada disso, tudo o que eu consigo fazer é ficar aqui sentada ao lado de Itachi, como se nada mais importasse — e não importava — como se nada mais estivesse acontecendo.

— Você sabe que eles vão cuidar bem dele aqui. — Sasuke segurou meu ombro. — Não sabe?

— Eu sei — murmurei. — É só que eu não consigo deixá-lo, não agora. — Encarei Itachi, deitado naquela cama, respirando com dificuldade, tão sereno apesar de tudo o que havia acontecido.

— Ninguém está pedindo isso. — Ele apertou meu ombro me fazendo desviar o olhar para ele. — Só queremos que cuide de vocês. — Com os olhos ele apontou para minha barriga. — Você está aqui a cinco dias, mal come, não foi ver sua mãe, o Naruto ou o Kakashi. — Sasuke respirou fundo. — Eu sei o que você está sentindo, mas você tem que uma missão mais importante agora, e eu sei que eu não entendo muito bem disso, mas acho que esta missão deveria ser concluída antes da sua barriga começar a parecer uma melancia.

— Eu sei. — Suspirei. — Você está mais que certo. — Com muito esforço me levantei da cadeira e me inclinei só te o corpo de Itachi. — Eu volto — sussurrei. — Você vai acordar logo e vai ficar bom a tempo de ver o nascimento do nosso bebê, eu sei que vai. — Beijei seus lábios e me virei para Sasuke.

— Vai pra onde primeiro?

— Preciso falar com a Tsunade primeiro.

— Sobre? — Sasuke arqueou suas grossas sobrancelhas.

— Uma possível Guerra Ninja — murmurei, eu estava fazendo muito isso ultimamente. — Onde ela está?

— No escritório, como sempre. — Assenti e me coloquei a caminhar até o escritório do Hokage, tentei ser o mais discreta possível, mas ao passar paz ruas de Konoha foi impossível não chamar atenção, os burburinhos sobre mim e Sasuke eram grandes. — Vai se acostumando, já faz quase uma semana e mesmo assim não pararam de falar de mim.

— Eles já sabem? — sussurrei enquanto passava pela entrada do prédio do Hokage.

— Que meu irmão está aqui sendo tratado? — assenti com cabeça. — Sabem, nas não sabem da história. — Ele suspirou. — Nenhum deles está entendendo como a Hokage perdoou tão facilmente três nukenis.

— Como ela está? — Agora que eu estava mais calma eu conseguia pensar melhor, ainda não me arrependo mas sei que o que eu fiz poderia acabado com a carreira da Tsunade como Hokage, eu sei que o povo poderia estar lichando ela agora, se ela não fosse a Princesa Tsunade, a neta honorável e favorita do Deus Shinobi Hashirama.

— Tsunade é Tsunade. — Ele pareceu meio perdido no que ia falar. — A velha é assustadora, não sei se alguém teria coragem de falar alguma coisa pra ela. — Nisso ele estava completamente certo.

— Você foi visitar alguém? — Ele me encarou por alguns segundos, colocou a mão no bolso da calça e assentiu.

— Sakura. — Arquei a sobrancelha. — Ela foi a última pessoa a me ver, antes de tudo acontecer, eu sentia que devia isso a ela.

— Como ela está? — Ele deu ombros.

— Bem, disse que Naruto está fora em treinamento com Jiraya.

— Então ele está bem protegido. — Finalmente chegamos na porta do escritório, no qual dias atrás eu quase matei dois dos três conselheiros de Konoha. — E lá vamos nós! — Ele riu enquanto empurrava a porta.

A HerdeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora