Renegada

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Yuriko

Eu tentei, juro que tentei, seguir as recomendações de Tsunade, não sair da vila por nada, até tentei parar de pensar em Itachi e comecei a treinar mais intensivamente com meu avô e minha tia Hinata, nesse meio tempo tentei até animar Neji, mas ele ainda estava em choque depois da carta do pai, todo o exame chunnin foi uma bagunça e aquela época parecia que seria a mais conturbada de todas. Como eu estava errada.

— Yuriko, você não pode sair, você sabe disso, não faça isso. — Minha mãe segurou meu braço pela, que eu achava, ser a vigésima vez.

— Eu vou, eu fiquei aqui mesmo depois de tudo o que fiquei sabendo, mas não vou ficar aqui vendo Sasuke se afundar em uma escuridão que não deveria existir. — Algumas lágrimas ameaçaram rolar por meu rosto mas eu as segurei. — Ele alimentou um ódio e desejo de vingança, ele saio e vendeu sua alma para matar o irmão que não merece morrer — gritei. — Ele quer matar o irmão.

— Eu não posso ver você partir assim, você é tudo o que me resta Yuriko.

— Eu volto mãe, assim que tudo for resolvido. — Ela respirou fundo mas assentiu, eu sentia o quanto estava doendo nela me deixar partir, por isso não olhei para trás, e não deixei uma lágrima sequer cair.

— Eu sabia que te encontraria aqui. — Eu não consigo mais, e ao vê-lo ali minhas lágrimas começaram a rolar sem parar. — Eu pensei que você ia precisar de uma abraço antes de ir.

— Não veio me impedir? — Com ajuda do meu braço enxuguei as lágrimas.

— Não, eu vim aqui te dizer que quando precisar você sabe que pode me chamar. — Ele deu ombros.—  E traga ele de volta, ou Naruto vai acabar pirando com tudo isso. — Nós dois rimos e eu me deixei ser abraçada por ele.

— Eu vou atrás dele, mas antes. — Levantei meu rosto encostando meu queixo em seu peito.

— Você vai atrás dele, eu sei... — Ele me apertou mais forte. — Você quer saber, o que ele me disse?

— Eu quero. — Acenei com a cabeça.

— "Eu não pude salvar seu pai, eu não pude salvar você de todo esse ódio, eu quero que saiba que tudo o que você significa pra mim não pode ser explicado". — Ele sorriu. — "Tome mais cuidado". — Levantou seu dedo indicador e anelar e com as pontas tocou minha testa. — " Até a próxima".

— Eu... — Senti minha bochecha esquentar, toquei minha testa. Por que raios aquele gesto mexeu tanto comigo?

— Agora, antes de ir. — Semicerrei os olhos. — Feche os olhos. — Ele arqueou a sobrancelha e sorriu por debaixo da máscara.

— Tudo bem. — Fechei meus olhos e sorri.

— Isso é um até logo também. — Ouvi ele dizer antes de sentir seus lábios se unirem aos meus, os beijos de Kakashi já eram bem conhecidos por mim, eram maravilhosos, carinhosos e lentos.

— Até logo — sussurrei abrindo os olhos, encontrando nada além do vazio a minha frente. — Obrigada por tudo. — Eu não conseguia olhar para trás, meu corpo me levava para frente, eu não sabia para onde ir, mas eu começaria pelo lugar onde havia sido mantida.

Era óbvio que eu não os encontraria ali, depois da minha fuga, eles devem ter saído dali no mesmo dia, mas aqui é um começo, daqui eles partiram para algum lugar, mas onde? Itachi tinha como alvo Naruto, mas o mesmo estava em uma viagem com Jiraya, Kisame tinha que pegar o Quatro Caudas, em que Vila ele ficava mesmo? Pedra, exato na Vila da Pedra.

— Olá Yuriko. — Eu nunca me assustava, pelo menos não com tanta facilidade, mas eu estava tão imersa em meus pensamentos que não vi Haru se aproximando.

A HerdeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora