Conversas Inesperadas

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Yuriko

Eu estava ansiosa, desde o momento em que joguei Haru. Eu sabia que ali eu já me encontrava um passo mais perto de estar livre. Sentada na cama eu ouvia os burburinhos do lado de fora, aquela reunião com o tal Pain estava demorando demais, e eu não podia ficar lá, o que me fazia desejar mais saber o que estava acontecendo.

— Acho que uma espiadinha não mata — murmurei enquanto me levantava em direção a porta. — Ou me mata. — Dei ombros. — Literalmente falando. — Ri comigo mesma. Mas por que raios eu estou falando sozinha? Eu devo ter algum problema.

— Precisamos começar isso logo.— Pain murmurou tranquilamente. Espera, começar o que?

— Cada um de vocês já tem seu Jinchuuriki designado. — Estão falando de pessoas como o Naruto?

— Itachi já deixou o dele escapar uma vez. — Aquela voz, acho que era do loiro.

— Queríamos ele, não um Sannin Lendário na bagagem. — Kisame respondeu por Itachi. Sannin? Jiraya? Mas quando foi que eles encontraram com Jiraya?

— Vocês sequestraram a neta de Hisashi Hyuuga. — Eu congelei. — Acham mesmo que não tem pelo menos 10 AMBUS atrás de nós? — Itachi riu, foi o riso mais sarcástico que já escutei.

— Quem a raptou foi você. — Deidara devolveu. — Dada a sua reputação na vila provavelmente eles acreditam que ela já está morta.

— Cale a boca pivete. — Aquela voz mecânica pertencia ao cara que parecia uma barata gigante, lembro dele.

— Chega! — Pain aumentou o tom de voz, ele parecia muito irritado. — Temos companhia. — Eu gelei. — Venha para cá Yuriko. — Merda, merda, vinte vezes merda!

— A visão dali estava bem mais agradável — disse assim que coloquei o pé no local. Eu não entendia como ou o porquê, mas eles sempre conversavam assim em círculos e a maioria deles eram sempre ilusões.

— Você não tinha visão nenhuma de nós ali. — Hidan franziu o cenho.

— Exato. — Estralei a língua no céu da boca. — Se eu quisesse a visão do inferno já teria me matado.

— Sua... — O braço de Itachi se levantou na mesma hora em que Kisame pensou em sair do lugar. — Eu ainda vou ter o prazer de degolar você assim como Itachi fez com seu pai. — Eu congelei, por meros segundos a imagem do meu pai no meio do sangue invadiram minha mente.

— Itachi tinha capacidade para degolar um Uchiha. — Voltei a mim. — Você pode até tentar mas no final eu vou ter sashimi de tubarão pro resto da vida. — Meu sangue estava fervendo de raiva, meus olhos ardendo pelas lágrimas que eu queria chorar.

— Já chega. — Pain bradou transformando tudo, depois daquilo, em silêncio. — Vamos encerar essa reunião por aqui, ela já ouviu demais. — Eu virei o rosto e empinei o nariz, quase que como uma criança mimada, me coloquei a andar de volta para minha cela.

— Você tem algum problema? — Eu não havia entrado na cela quando Itachi passou por ela gritando essas palavras.

— Além de ter sido raptada por maníacos? — Cruzei os braços. — Posso enumerar eles para você. — Sorri de forma sarcástica.

— Você está brincando comigo, não é? — Ele estava nervoso, com raiva eu podia sentir na voz dele.

— Não. — Balancei a cabeça. — Você quer eles por dará de acontecimento ou por ordem alfabética? — Eu era lenha e estava brincando com fogo, eu tenho plena noção disso.

— Eu não quero que você saia desse quarto. — Ele bateu a porta do local e deu um passo para frente.

— Eu não quero companhia. — Apontei para a porta que ele havia acabado de fechar.

A HerdeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora