Mensagem de Konoha

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Yuriko

Eu não esperava uma boa reação da Vila, na verdade eu esperava o pior mas quando eu ouvi Gaara discursar, até eu tive vontade de arrumar minhas malas e segui-lo para onde quer que fosse. Ouve gritaria, histeria e no final todos aceitaram aquilo com tanta tranquilidade, que eu acabei até mesmo acreditando em destino, porque se tivesse alguém que tenha nascido para ser um Kage, esse alguém era Gaara.

— Eles chegaram. — Bee entrou no escritório animado. —  Yo, já sabe como é a garota?

— Na verdade eu não tenho a miníma ideia. — Suspirei. — Mas se eu realmente estou ouvindo as Bijuus agora, eu com certeza vou ouvir Chomei.

— Não sei se ele conversa com ela. — Gaara murmurou. — Shukako ficava calado na maior parte do tempo, falava apenas quando perdia o controle. — Dei risada.

— Tudo o que temos é isso, acho que podemos confiar nisso. — Me levantei mais confiante do que realmente estava, até porque a verdade é que eu não estava nem ao menos entendendo o que estava acontecendo, como eu comecei a ouvir as Bijuus de uma hora para outra? Como elas gostavam tanto de mim? E por que eu gostava tanto delas?

— Você pode entrar, todos eles estão nessa sala. — Gaara apontou para a sala onde, pelo vidro, eu podia ver os adolescentes, alguns na sua idade, sentados e conversando. — Você tem 15 minutos antes do pronunciamento.

— Então me deseje boa sorte. — Bee e Gaara levantaram os polegares e sorriram para mim. — Vamos lá então.

No momento em que eu entrei ali, sozinha, todos os olhares se voltaram para mim, talvez fosse fácil achá-la assim. Os burburinhos aumentaram, eu não conseguia me concentrar em uma voz só, ainda mais uma voz que eu não conheço entre muitas vozes que eu não conheço.

— O que eu faço agora Velho Hagoromo? — sussurrei para mim mesma. — Como eu vou saber que é ela?

"Hagoromo?" — Consegui ouvir uma voz quase metálica soar longe, meus olhos tentaram focar em qualquer pessoa que tenha agido de forma estranha e como imãs eles focaram na garota no canto da sala, virada para a parede enquanto gesticulava e falava sozinha.

— Eu te achei! — Com delicadeza empurrei as pessoas na minha frente, com passados rápidos corri até a garota, que continuava conversando sozinha. — Fū?

— O que? — Quando minha mão tocou o ombro delicado eu fui instantaneamente puxada para um lugar que eu não conhecia, minha mente parecia ter saído do meu corpo e quando eu pisquei eu não estava mais naquela sala cheia de ninjas.

— Eu não acredito que é você mesmo. — Ele parecia muito com um inseto gigante com uma armadura e sete coisas que pareciam asas. — Chomei, é você mesmo?

"Você foi a garota que disse o nome do Velho Hagoromo?"

— Foi eu mesma. — Fū estava em cima dele, sentada com pernas de índio e sorrindo como uma criança travessa. — Eu estava procurando por vocês.

— Você conhece ela Cho? — O inseto balançou a cabeça e eu vi a menina pular até estar na minha frente, seus olhos brilhavam, ela parecia uma menino travesso, ela me lembrava o Naruto. — O que você quer com a gente irmãzona?

— Quero proteger vocês, eu vim atrás de vocês por ordens de Hagoromo. — A menina de cabelos verdes se virou para Chomei esperando por uma explicação, afinal ele mesmo havia dito aquele nome. — Eu estou na companhia de Gyuk e Shukako, por favor Chomei confie em mim.

— Você é a primeira humana em séculos a me chamar pelo nome. — Ele zuniu. — Não sei como você conseguiu entrar aqui, mas você deve ser especial e se Hagoromo te mandou, não vejo porque não acreditar.

— Vamos com ela então Chomei?

— Espera, aonde estamos? — Os dois se entre olharam.

— Está no nosso subconsciente, basicamente você está dentro da Fū. — Franzi o cenho, isso já era estranho demais, primeiro eu escutava eles, agora eu os vejo.

— Como vamos voltar? — Eles não me disseram como, quando eu pisquei de novo tínhamos voltado.

— Então, vamos pra onde? — Fū sorriu de forma sapeca. — Sabe que eu vou lutar se você fizer alguma coisa comigo, não sabe?

— Confie em mim, não te machucaria. — Apontei com a cabeça para a porta que levava para fora da sala. — Não precisa avisar ninguém?

— Eles não vão sentir minha falta. — Ela sorriu me puxando pela mão, me guiando para fora como se eu fosse da sua família.

— Eu nunca duvidei de você, yo. — Bee me esperava do lado de fora com um grande sorriso. — Eu sou o mestre do Rap, o Polvo das espadas Killer Bee, idiota, boba. — Fū me encarou sorrindo.

— Tio Polvo, eu sou Fū. — Ela estendeu a mão que ele aceitou de muito bom grado. — Você é o parceiro do Gyuk?

— Parece que eles naturalmente se dão bem — murmurei sorrindo, era bonito de ver.

— Yuriko! — Gaara se aproximou de mim cautelosamente. — Preciso que venha comigo, agora!

— Aconteceu alguma coisa? — Ele estava preocupado e com isso, eu estava preocupada. — Gaara?

— Chegou um falcão. — Ele agarrou minha mão, enquanto falava Gaara me guiava para a torre onde eles enviavam e recebiam os falcões de mensagem. — Ele veio da Vila da Folha, e veio marcada como emergência.

— Por que você me chamou? — Caminhamos lentamente até o falcão, do seu lado havia uma carta escrita a mão, e eu conhecia aquela letra. — Como eles me descobriram aqui?

— Pelo que parece já sabem que você e Bee estavam andando por aqui, eles não são bestas. — Ele encarou a carta com preocupação. — Ele parece estar falando sério na carta, se for algum problema com ele  você deve ir, eu cuido de tudo por você.

— Me deixe pensar. — Ele assentiu me deixando sozinha.

"Yuriko preste atenção, eu estou correndo um grande risco fazendo isso, mas Haru veio me procurar (como você sabe Haru me odeia), ele disse que Itachi corre perigo, disse que você tem que voltar, ele deve estar falando sério Yuriko, você precisa voltar por ele.

Kakashi"

Tudo bem Haru, vamos ver o que é que está acontecendo. — Levei meu dedo na boca e fiz o corte seguido dos selos e em poucos segundos o pequeno gato preto se encontrava em minha frente.

— Menina Yuriko. — Ele parecia feliz em me ver, apesar de estar aflito. — Eu não sabia se o garoto Bakashi iria dar meu recado.

— Kakashi. — Revirei os olhos. — O que é tão importante?

— É uma história longa. — Ele miou. — Aconteceu de repente, e eu não imaginei que ele realmente iria fazer aquilo. — Franzi o cenho.

— Eu não estou entendo o que você quer dizer — murmurei.

— Você precisa voltar pra cabana, o menino Itachi está correndo perigo. — Meu coração se despedaçou.

— Não brinque com isso, por favor Haru. — Ele abaixou as orelhas e seus bigodes se mexeram.

— Se você não voltar em dois dias, não sei o que vai encontrar...

A HerdeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora