Awake

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Yuriko

O portão dos Hyugas estavam abertos, quase como se estivessem me esperando, eu podia ouvir as crianças treinando, e a pequena fonte de água funcionando, de onde eu estava eu podia ver minha mãe e meu avô conversando enquanto tomavam chá. Eles estavam tão calmos e serenos, meu coração doeu. Eu teria que entrar e acabar com toda aquela paz.

— Yuriko? — Meu vô cerrou os olhos, quase como se não acreditasse no que estava vendo, minha mãe se virou rápida como uma flecha e em um piscar de olhos eu sentia seus braços me apertarem contra seu corpo.

— Mãe, eu estou bem — murmurei. — Não me aperta muito, vou sufocar. — Ela se afastou limpando as lágrimas, sorrindo tocou meu rosto, ainda como se não acreditasse que eu estava ali.

— Sasuke nos disse que você estava aqui, mas eu não havia te visto, não quis acreditar. — De longe vi meu vô sorrir, como se dissesse "oi netinha".

— Eu estava no hospital. — Como se ela já não tivesse feito, agarrou meus braços e me afastou para poder me olhar da cabeça aos pés. — Eu estou bem mãe, tá tudo certo. — Ela respirou fundo. — Era Itachi quem eu estava acompanhando.

— Nós ficamos sabendo que a Hokage perdoou vocês, ele não é mais renegado. — Meu avô chegou mais perto e sorriu.

— Sim, muita coisa aconteceu e vai acontecer. — Respirei fundo, eu nem tinha uma barriga, mas desde o momento em que descobri que estava grávida, minha mão automaticamente acariciava aquele local. — Vamos entrar, eu preciso conversar com vocês dois.

Pelo olhar que os dois me lançaram pude perceber que eles já entendiam a gravidade do problema. Com cuidado e em silêncio os acompanhei para dentro da casa, especificamente para o local que meu avó usava para suas orações e chá da tarde, um local privado onde eu sabia que ninguém ousaria nos interromper. Antes mesmo que eles me perguntassem qualquer coisa eu disparei a falar, começando com minha pequena fuga até a cabana para encontrar Itachi, passando para a verdadeira história do amaldiçoado clã Uchiha, o que os deixou com expressões surpresas, tais só ficaram cada vez maiores quando comecei a contar dos sonhos que tive com um Shinnobi morto, sobre minhas conversas com ele que me levaram a correr atrás de Bijuus pelo mundo e então para a carta de Kakashi e por ultimo a batalha rápida e quase fatal entre os irmãos.

— Então você veio pra cá, ameaçou os conselheiros da Hokage para que ela cuidasse de Itachi? — Minha mãe perguntou ainda, acredito eu, tentando assimilar tudo o que havia acontecido naquele tempo.

— Não ameacei... — Fiz bico. — Eu realmente coloquei em pratica. — Meu vô riu. — Danzou se encontra internado ainda, e com muito gosto digo que ele perdeu todos aqueles olhos roubados. — Um calafrio ainda percorria meu corpo sempre que me lembrava da cena de seu braço coberto por olhos de companheiros Uchihas.

— Mas não adiantou muito, digo tentar salvar Itachi? — Meu vô perguntou.

— Ele está doente, sim — sussurrei —, mas a Sra. Tsunade está tentando salvar ele, curar ou qualquer seja a palavra que você queira usar.

— Espero que ele acorde antes dessa guerra começar, ele vai ser uma peça muito importante, tem informações que nós nem imaginamos. — Minha mãe completou.

— Ele precisa acordar. — Abaixei minha cabeça, minha mão novamente acariciou minha barriga. — Tem mais uma coisa, uma coisa que ainda não contei - quase que em sincronia os dois arquearam as sobrancelhas. — Tsunade descobriu mais que um novo poder em mim, durante os exames ela descobriu que eu estou grávida.

— Ah claro que você está... — Meu vô começou a frase tranquilamente, mas quando tudo fez sentido ele gaguejou, e muito. — Que minha netinha, minha netinha...

— Que eu, eu vou ser vó. — Minha mãe completou tão abismada quanto ele. — Minha filha, meu bebê...

— Vocês dois querem alguma coisa? Um copo de água, um choque de realidade? — Eu nunca pensei que eles poderiam ficar mais brancos do que já eram, mas conforme a informação se concretizava a pele deles iam se igualando aos seus olhos e seus cabelos negros pareciam cada vez mais negros. — De tudo o que eu contei, incluindo a Guerra, a informação que os fizeram passar mal foi minha gravidez?

— Não era pra você ficar grávida, vai ter uma Guerra como você fica grávida antes de uma guerra? — Minha mãe se levantou bruscamente.

— Você acha mesmo que eu escolhi ficar grávida? — Franzi o cenho. — Eu nem sabia disso, que estava grávida.

— Você não vai participar dessa Guerra, já está decidido! — Dessa vez foi meu vó.

— O que? Eu quem, basicamente, comecei essa guerra, não tem como eu não participar. — Eu estava indignada, não havia essa possibilidade, eu precisava estar lá, ajudar, não os ninjas, mas os Jinchurikis, aqueles que nenhum deles nunca cuidou.

— Você vai colocar seu bebê em perigo, é isso que quer?! — Minha mãe gritou de volta.

— Eu cresci no meio de uma guerra, o pai do meu bebê lutou nessa guerra enquanto crescia. — Respirei fundo. — Então eu sei, que nosso bebê vai sobreviver e crescer dentro de mim, também no meio de uma guerra.

Eu acho que eles iam retrucar, mas o som de um sino, nos tirou de nossa conversa. O barulho das pessoas murmurando e caminhando até o local de encontro. Sempre que aquele sino tocava significava apenas uma coisa: Aldeões juntem-se na frente do prédio do Hokage, teremos um novo anúncio.

— O que esta acontecendo? — Meu vô perguntou assustado. — Fazem anos que esse sino não é tocado.

— A Hokage deve ter tomado uma decisão — murmurei. — Sobre aquilo que estávamos conversando.

— A Guerra? — Minha mãe perguntou enquanto se juntava a mim entre os Hyugas, como sempre nós da primeira casa seguíamos a frente, rodeados dos Hyugas da segunda casa. Caso algo acontecesse eles seriam os primeiros a se ferir.

Não era hora para isso, mas naquele momento eu havia decidido que eu criaria meu bebê com Itachi, longe de toda aquela maluquice dos Hyugas.

— Aldeões de Konoha! — A voz de Tsunade soou alta e firme calando todo burburinho e meus pensamentos. — Eu sei que muito de vocês devem estar com raiva de mim, porque eu simplesmente perdoei três traidores, e estou tratando um deles, mas confiem em mim, estamos em um momento delicado. — Senti todos os olhares se voltar a mim, eu era o centro daquela conversa e todos ali sabiam, porque tudo ali mudou desde que eu voltei. — Tem um grupo conhecido como Akatsuki, alguns de vocês já os conhecem e outros não fazem nem ideia, Itachi pertencia a esse grupo, mas agora ele esta aqui como nosso informante e nós vamos precisar.

— Nos diga logo o que esta acontecendo!  — Alguém gritou.

— Nós vamos entrar em Guerra, todos os ninjas serão avaliados, os cidadães ficarão na Vila, a Guerra sera levada para longe daqui. — De repente o burburinho virou uma gritaria, as pessoas queriam entender o que estava acontecendo, ela se voltaram contra mim e eu pude ver todos os Hyugas se colocarem em posição de defesa.

Eu não podia ficar ali, eu me sentia julgada e de uma hora para outra senti que tudo aquilo era minha culpa, empurrando todos eu comecei a correr, sem ver para onde estava indo meus pés me levaram ate o quarto dele, onde Sasuke dormia na cadeira ao lado.

— Eu preciso de você, preciso que você acorde e me diga que toda essa confusão vai valer a pena, porque agora eu me sinto péssima, e meu mundo parece que vai desabar a qualquer momento. — Uma lágrima escorreu pelo meu rosto no momento em que segurei a mão dele, e pode ser loucura, mas eu senti ele segurar a minha de volta. — Eu vou precisar partir, mas não queria ir sem antes te dizer o que esta em jogo aqui.

— Então não vá. — Meu coração parou por alguns segundos, meus olhos encontraram com os dele e por mais estranho que parecesse em seus lábios havia um pequeno sorriso.

GENTE DESCULPA O ATRASO, ACONTECEU MUITA COISA COMIGO, EU PRECISEI DAR UM TEMPO, A TERAPIA ESTA FAZENDO EFEITO AGR JUNTO COM OS REMEDIOS, MEU CELULAR QUEBROU, MEU COMPUTADOR FICA MAIS COM MINHA MÃE, MAS EU VOLTEI.

Me sigam no tik tok, estou pensando em fazer algumas lives com voces, tirar duvias e conversar 🥰

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A HerdeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora