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━━ PROCURAR POR MARINETTE era como olhar por uma agulha em um palheiro, principalmente por Paris ser uma cidade tão grande.
Adrien havia ido nos lugares que ele sabia que ela poderia estar: o café daquele dia, o cinema, trocou palavras com Gustav que pareceu muito preocupado e ofereceu-se para ajudar. Adrien negou, prontamente, e disse que daria notícias. Do cinema, fez uma breve visita a Tom e Sabine, tomando cuidado para não os preocupar.
Nada.
Aquilo deixou-o agoniado, com uma culpa pesada sobre os ombros.
Certo, ele poderia ter ido. Aquilo não teria acontecido se ele tivesse ido. Ou poderia? Se acontecesse, ele diria algo, ele iria atrás dela, ele não deixaria que ela fosse para longe.
Deitou o rosto sobre o volante e respirou fundo, afastou-se somente ao perceber que ainda mantinha os óculos. Suspirou. Olhou pelo vidro do carro a fachada do prédio que ela morava e desceu do veículo decidido a não sair dali até que ela aparecesse.
Era uma boa que o porteiro já o conhecesse, ele teve a subida autorizada e foi direto ao andar da mestiça. Bateu na porta.
Não esperou resposta.
Mas obteve.
A porta foi aberta pela própria Marinette usando um blusão que ele nunca havia visto, porém antes mesmo que ela pudesse dizer algo, Adrien puxou-a para perto em um abraço apertado.
— Puta merda, Marinette... — Ele suspirou. — Não sabe como eu estava preocupado, garota...
— Adrien... — Ela elevou o rosto quando ele a encarou. — Uh... eu...
Ele adentrou o apartamento, um tanto afobado.
— Eu... eu... eu não sabia que Kagami te diria aquilo, eu não queria que você ficasse mal. Merda, eu não fui porque não queria confrontos, não queria que algo do tipo acontecesse, eu...
— Está tudo bem. — Ela sorriu amarelo. — Mas...
— Não, não está tudo bem! O que aconteceu foi inadmissível! Você não merecia, eu fui um puta covarde por ficar em casa e...
