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━━ QUANDO ADRIEN E Marinette chegaram aquele dia na faculdade, Alya e Chloe notaram as feições muitíssimo cansada dos amigos.
E estavam curiosas para saberem os motivos.
— O que rolou nesse fim de semana, hein? Vocês estão... diferentes. — Chloe comentou, remexendo com uma colher o pequeno pudim que comia no intervalo.
— Obrigada pela maneira bonitinha de dizer que estamos péssimos. — Marinette comentou, encostando-se em Adrien. Este, por sua vez, fez uma careta.
— Bem, fale por você. Eu estou ótimo. Só... um pouco...
— 'Tá, 'tá, só nos contém logo o que rolou. — Chloe interrompeu.
— As marias fofoqueiras estão curiosas. — Luka brincou, recebendo um olhar da namorada que mais o fez rir. — Não estou mentindo amor, ou estou?
A loira partiu o pudim, pegando um pedaço com a colher e levando a boca do Couffaine que aceitou sem qualquer restrição.
— Come e fica quietinho, vai. — Todos riram, e os olhares voltaram para Adrien e Marinette. — Vocês dois, contando.
Marinette e Adrien trocaram um olhar, uma risadinha e então voltaram a atenção para os outros. A mestiça tomou a dianteira no papo.
— Minha mãe apareceu no sábado, Adrien estava lá, eu escondi ele no guarda-roupas e ele caiu na frente da minha mãe.
— Caralho, Adrien... você infartou a tia Sabine?! — Nino acabou soltando, arrancando risadas do outro.
— Não, bem... ela não surtou ou brigou comigo, deu tudo certo nesse ponto, mas acabamos jantando ontem na casa dela. Foi... uma experiencia... única.
— Traumatizante.
Marinette comentou. Adrien rolou os olhos, puxando Marinette para perto.
— Ela perguntou se eu pretendo casar com a Marin, e eu disse que óbvio.
— E então ela começou a falar sobre altar, vestido, e eu só queria desaparecer.
— Ao menos, Tom não matou vocês. — Alya ressaltou.
— Ele já estava decidindo até o sabor do bolo. Os pais dela me amam, me querem como genro. 'Tá tudo certo agora. O casamento já pode até ser semana que vem.
— Não inventa!
— Eu prefiro na sexta. — Chloe pontuou. — Sextas são ótimas.
— Sábado, numa fazenda. — Foi a vez de Luka.
— Aff. — A Dupain-Cheng rolou os olhos, inflando as bochechas e fazendo todos rirem.
[...]
— Se você for continuar vivendo mais aqui do que na sua casa, eu vou comprar uma cama maior.
Marinette comentou quando Adrien entrou pela janela após se destransformar. Era o dia dele de patrulha, e sempre acabava na casa dela. A mestiça ocupava-se com o jantar, mas estava a beira de desistir e optar por uma gloriosa pizza.
— Estou esperando você me deixar morar aqui.
O loiro murmurou com uma vozinha fanhosa antes de espirrar. Marinette aproximou-se dele, vendo a pontinha vermelha do nariz do Agreste. Franziu o cenho.
— O que aconteceu?
— Nada...
— Adrien...
O loiro fez um beicinho.
— Trombei com alguns pombos na patrulha, acho que estou... achooo... com uma reação aler... aler... achoo.
Marinette rolou os olhos, mas acabou rindo.
— Toma um banho, vou preparar algo. Se não melhorar, vou te levar 'pro hospital.
— Marin...
— Agora.
O loiro soltou um suspirinho antes de ir para o quarto. A Dupain-Cheng riu baixinho ao voltar a atenção para o fogão. Estava fazendo um refogado que achou na internet, quando ouviu um barulho chamativo no quarto. Abandonou tudo e acabou correndo para o cômodo.
Temia que Adrien tivesse desmaiado.
Mas quando chegou ali, viu Adrien praticamente dependurado na janela, parecendo buscar alguma coisa.
— Adrien!
— Shhh... — Ele a olhou com uma careta. — Espera ai.
A mestiça cruzou os braços e se aproximou, com cautela e curiosidade. Adrien voltou para o quarto com algo entre as mãos. Marinette logo identificou como um gatinho, um tanto molhado pela chuva que caia. Os olhos azuis brilhavam, e ele miava baixinho.
— Ai! — Antes que Adrien pudesse dizer algo, Marinette tomou-lhe o gatinho. — Iti malia! Adrien, temos um filho agora!
Os olhos do loiro brilharam.
— Temos?!
Ela assentiu, vendo um sorriso deixando Adrien ainda mais bonito.
[...]
No fim da noite, Marinette, Adrien e o pequeno gato – agora seco e bem alimentado com uma ração que Adrien buscara, dando sorte pelo Petshop local estar aberto – estavam no sofá. O gato estava dormindo entre a curva do pescoço da Dupain-Cheng, e o Agreste estava sobre ela, com um cobertor sobre ambos.
Quem assistia televisão – de fato – era Tikki e Plagg. Ela já havia deixado de ligar para os programas que passavam, focando-se em acariciar a cabeleira loira do namorado que cochilava em seu colo. Sorriu, de um modo doce.
— Eu amo você, gatinho... — Ela sussurrou. — Amo demais...
Marinette percebeu Adrien abrindo os olhos com lentidão, encarando-a com um sorriso adorável.
