2- Um Novo Reino

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Oioi, lindos. Tudo bem?
Boa leitura!

CHERYL Point of View

"O encontro inesperado, as situações inusitadas, o que não foi combinado, mas tinha que acontecer".

Eu não tive muita decisão a não ser ir com os dois Metamorfos. Tem exata uma hora que andávamos pela floresta escura, uma hora que me despedi de Jason e Betty, e uma hora que eu só penso em como me livrar deles. Sem meu arco nem alguma arma seria difícil, mas eu tinha que pensar em algo.

Não sei o que era pior, o lobo vermelho gigante de um lado ou a encapuzada do outro. Eram três dias para chegar até a barreira dos reinos e só em pensar que ficaria na compania só dos dois esse tempo, já era o suficiente para me fazer querer fugir.

- Vamos parar por aqui.- falou a encapuzada.- Nós três tivemos um dia cansativo, de uma forma ou de outra. Amanhã ao raiar do dia continuarmos.

O lobo não discutiu e claro que eu não iria contrariar, vai que ela muda de ideia e decide cravar as garras no meu pescoço. Vejo ele simplesmente deitar na neve e frchar os olhos, pouco se importando com qualquer coisa. Eu me sento no chão, perto de uma árvore e me encosto no tronco. Eu com certeza vou morrer de frio, talvez essa tenha sido a intenção: me matar vagarosamente de frio.

Observo, disfarçadamente, a Metamorfa. Ela vai até um arbusto e pega alguns ganhos, depois vem até uma distância curta de mim. Sinto todos meus músculos ficarem tensos ao ver suas garras mais de perto, por ver a encapuzada tão perto de mim. Acho que ela percebe me olhar amedrontado em direção a suas mãos.

- Elas te dão medo, não é?- suas garras somem dando lugar a dedos comuns, com unhas ainda menores de que as minhas.- Não sei o que vocês humanos pensam que sabem sobre os Metas, mas aposto que muita coisa está errada.- Consegui ver que seus dentes pontudos também sumiram.

- A parte que está certa que me preocupa.- ela não responde nada. A encapuzada estala os dedos e imediatamente os gravetos pegam fogo, fazendo uma pequena fogueira. Magia. Eu nunca havia visto magia antes. Em seguida, ela vai até sua bolsa e tira um grande casaco dali e o estende para mim, mas eu não o pego.

- Para você não sentir frio.- pego o casaco e me cubro com ele, num piscar de olhos, o frio vai embora. A Metamorfa vai até uma árvore que estava a uma certa distância de mim e se encosta. Ela vai dormir também e essa vai ser a hora que eu irei fugir.- O que foi dessa vez?

- As garras, eram de que animal?- uma boa desculpa para se inventar.- Não o identifiquei.

- O animal não tem no reino dos humanos. Dragões, já ouviu falar?- balanço a cabeça negativamente.- Pense em lagartos superdesenvolvidos com asas e que cospem fogo.- Faço uma careta ao imaginar um jacaré com asas, acho que não é bem assim.- Quem sabe você acaba vendo um.

- Por que me deixou viver?- essa era a pergunta que realmente me incomodava.- E para quê ser tão gentil com um humano?- Metamorfos sempre matavam humanos, eles não precisavam de motivos. Se quisessem matar, eles simplesmente o faziam.

- Gentil? Te arrastar para o meio da floresta é ser gentil.- ela solta um som, que não sei se posso definir como uma risada, mas sei que é um tom irônico.- Agora estou preocipada com a barbaridade que os humanos devem ter se afundado.- "Humanos ignorantes e subdesenvolvidos", aposto que ela acrescentou isso em sua mente.- Eu tenho minhas razões e elas são o suficiente para você ter certeza de que está segura.- "Por enquanto", pensei.

- Certo...- meu tom não é muito confiante, aposto que ela percebeu, mas não contrariou.- E o que você quis dizer com "ele era um dos meus"?

- Você é uma humana curiosa. Bem, a explicação seria um pouco longa demais e eu quero dormir. Você vai aprender mais coisas quando chegar em Riverdale. É sempre mais fácil aprender aos poucos do que ter muitas informações jogadas. Vá dormir, amanhã será um longo dia.

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