"Procurando Atmosferas" é uma coletânea em que minhas inspirações e sentimentos correm pelas palavras escritas, refletindo os novos ares que busquei e decidi explorar. A cada capítulo, uma nova reflexão e, consequentemente, uma nova atmosfera.
#8 na...
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Em uma noite de Lua cheia, sussurrei ao universo, em um pedido a uma estrela, que me ensinasse a ver de verdade. Era um clamor desesperado para que eu não deixasse as oportunidades da vida me passarem despercebidas, que eu não chorasse em vão como naquele instante de garganta seca e olhar perdido.
Meu desejo ecoou pelos cantos da galáxia, e depois que tirei a visão enuviada por choro e a substituí por lentes de maior foco, consegui seguir mesmo com a dúvida pesando no peito. A respiração era falha, mas com os resquícios de força, estava seguindo.
Mesmo buscando uma forma de ver, sentia que buscava erroneamente. Algo pesava os ombros e confundia a mente, não me permitindo alcançar o tão almejado objetivo. O peso consumiu tudo até o ponto de que eu não era mais capaz de enxergar nada, nem mesmo os detalhes superficiais do mundo que compunham meu cotidiano.
Então, fechei os olhos.
Quando o mundo sumiu, foi-se junto o desespero, os sons se abafaram e eu respirei com maior facilidade. Percebi que finalmente estava olhando para dentro de mim ao invés de me projetar para fora, em uma tentativa de ser notada.
Ali, encontrei olhos que viam de verdade, os do coração. Longe dos medos que moldavam os pensamentos, eles conseguiam vislumbrar o horizonte.
Desde jovem, fui ensinada que o contrário do amor era o medo, mas não entendia o significado até aquele momento em particular. No fim, não conseguia ver porque o medo controlava meus sentidos, e o amor pela minha própria essência ficava enclausurado.
Quando o amor foi liberto, cheguei à conclusão que já sabia em meu íntimo: não há jeito certo de interpretar o mundo. Mas existe o melhor para mim: o meu próprio, sem estar preso às expectativas de outrem.
Aquele era o primeiro passo para aprender a ver.
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E esse foi o texto de hoje! O que acharam?
Essa ideia de escrever algo sobre o verdadeiro significado de "ver" está me acompanhando desde que estava lendo o ciclo A Herança, do Cristopher Paolini, e um personagem diz ao protagonista Eragon: "Você precisa aprender a ver o que está em sua frente".
A partir daí, fiquei com a vontade de escrever sobre esse sentimento martelando na cabeça, e tudo estourou quando vi o vídeo de um canal chamado "Quebrando a Caixa", com o título "O que você vê quando me vê?" e eu simplesmente surtei!
Inclusive, recomendo demais esse vídeo, me deixou uma reflexão interessante.
E em último lugar, a música do Supercombo. Todos esses elementos se encaixaram como um quebra cabeça para originar esse texto.
Para terminar, deixo a pergunta: você acredita que realmente está vendo?
Bom, é isso! Obrigada por lerem e até o próximo capítulo! 💕
