Capítulo 47: Crepúsculo.

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Boa Leitura, xoxo

Z A Y N

 Minha mente está nublada e eu não sei o que fazer, porém Aria ter vindo aqui me distraiu quanto me ajudou. 

 - Caramba, cara, pra quê esse tanto de comida? - Eu rio quando Aria abre a minha geladeira e pergunta indignada sobre isso. 

 - Eu como. - Tinha mais verdura e esse tipo de coisa lá, mas ela continua mexendo e encontra as besteiras que eu raramente tocava, indo colocar todas no balcão. - As vezes eu acho que você só vem aqui comer o que eles não deixam. - Ela não nega e eu rio de novo, por esse ser exatamente um dos motivos e eu ter acertado. 

  - Isso e o Pulga. - Ela acrescenta, abrindo um dos Danone de chocolate e pegando uma colher na bancada. Eu não sabia que ela tinha vindo tanto aqui para saber de tudo, mas a memória da Aria para algumas coisas era algo triste de tão boa. 

 - Já eu, foda-se, né? - Brinco, fazendo um drama e ela rola os olhos pra mim. 

 - Você não conversa comigo e quer o que? - Eu conversava com ela. Eu não estava fazendo isso agora? 

 - Claro que eu converso com você. Isso que a gente está fazendo é o que, sinal de fumaça? - Sento na sua frente, nos bancos do outro lado da bancada e também pego um doce, lembrando que não poderia abusar por já ter comido o bolo. 

 - Você só conversa comigo quando tem que conversar. Tipo agora, quando eu invado a sua casa. - Fico confuso com a reclamação súbita, mas ela não parece chateada, só comentando o fato. 

 - Você está dizendo por mensagem? - Eu não chamava porque, um, era péssimo em puxar assunto, dois, vai que eu estava incomodando. 

 - Deixa para lá. - Eu com certeza não deixaria. - Você sabia que gatos dormem mais de 16 horas por dia? - Demonstro para ela minha chateação pela mudança de assunto, mas não perco a oportunidade: 

 - Eu sabia que estava dormindo o tempo certo. - Ela rola os olhos pra mim, mas está com a expressão divertida. 

 - O ego gigantesco continua o mesmo. - A próxima piada que eu ia fazer, com a certeza a gente não tinha intimidade para isso, então foco em outra coisa que eu estava na cabeça: 

 - Pergunta aleatória. - Ela murmura um "manda" indo abrir uma barrinha de chocolate no processo. 

  Tento montar a situação na minha cabeça de forma que eu consiga falar sem expor o caso. 

 - Se uma pessoa faz algo péssimo, horrível mesmo, se arrepende, mas não o suficiente para conseguir reverter o que fez, mas está arrependido e está pensando em tentar, mas é algo que dificilmente conseguirá porque essa coisa que ele fez não é tão fácil para simplesmente cancelar, mas depois que tivesse feito, a pessoa se arrependesse e abdicar o que ela ganharia com isso, ela poderia ser perdoada? - Nem na minha cabeça fazia sentido, imagina para Aria. 

 - Olha, eu não entendi nada. - Ela ri, mas continua. - Porém tudo depende da situação. Essa coisa irreversível pode ter sido tanto matar alguém quanto comer algo que não era seu, os dois são irreversíveis, mas só um seria fácil ser perdoado. Então realmente depende do que estamos falando. - Aria para, os olhos brilhando na minha direção de curiosidade. - O que estamos falando? 

 - De uma pergunta aleatória sobre uma questão hipotética. - Dou um peteleco leve na ponta do seu nariz e levanto, indo jogar as embalagens no lixo. 

 - Isso foi muito específico para ser aleatório e hipotético. Me diiiz.... - Eu rio e nego. Não poderia. 

 Pelo menos, ainda não. 

The DUFF - Zayn Malik.Onde histórias criam vida. Descubra agora