Trabalho comunitário

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Capitulo 9

Acordei com os repetitivos gritos de Gus invadindo a casa silenciosa.
Fui rastejando até o banheiro pra fazer a minha higiene.

Coloquei uma calça jeans branca e uma blusa azul marinha solta com decotes na parte de baixo.
Só coloquei meu chinelo, peguei minha mala e desci.

- Bom dia - Gus disse e eu o respondi com um grunhido

Eu acordei mais cansada que o normal, como se eu não tivesse dormido nada.
Mais pelo contrario, eu tinha dormido mais do que deveria.

Peguei uma barrinha na dispensa e fui para o carro do Gus.

- Me leva - disse bocejando

- Por que?

- To com preguiça - falei

Eu nem liguei o radio de tanta preguiça que eu estava em alcançar os botões.

- Se tá de ressaca por acaso?

- Não que eu saiba - falei e ele soltou um riso de leve

Cheguei na escola, e avistei Matt.

- MATT- gritei

- Oi Liv - ele disse parando e esperando eu chegar perto dele

- Entao eu falei com a minha mae sobr... - cortei ele

- Tá, tá, tá - falei abanado minha mao - Me leva no colo até a sala? - pedi sendo fofinha

- Você fica me devendo uma?

- Uhum - murmurei

Subi nas costas dele e ele foi me levando até a sala, alguns olhares confusos de pessoas aleatorias que eu ignorei fechando os olhos e quase dormindo.

- Pronto - ele disse me colocando parada em frente a porta

- Ta muito longe da minha mesa ainda Matt - choraminguei

- Vai logo - ele disse me empurrando até a minha mesa

Joguei minha mala no chão e sentei. Coloquei os braços na mesa e deitei minha cabeça entre eles.
Fechei os olhos com a esperança de dormir e ninguém ver.

O sinal bateu e eu continuei naquela posição, estava com preguiça de levantar minha cabeça, ou de fazer qualquer outro movimento com o meu corpo.

- Olivia mano, se ta de ressaca? - a voz que parecia ser do Taylor disse

E eu simplesmente grunhi. Comecei sentir uma dor de cabeça insuportável, e cada voz ou cada grito só me trazia mais sofrimento e grunhidos.

Teve uma época da minha vida que eu sofria de enxaqueca, puxei isso da minha mae.
Eu tinha dor de cabeça quase todo santo dia, mais depois eu comecei a tomar remédios e as dores foram parando.

"Atençao alunos" a professora estava falando e eu nao ouvi mais nada, estava presa em meus pensamentos e a minha dor de cabeça so aumentava mais.

Senti algo mais ou menos como um estojo bater na minha cabeça, ótimo.

- Matthew! Seu otário! Você tem algum distúrbio mental? Eu tava quase dormindo e EU TO COM UMA PUTA DOR DE CA...

A sala inteira estava virada para mim com os olhos arregalados, quando olhei para frente o diretor estava do lado da professora me encarando também.

- Er... Tudo bem dono, Er quer dizer, senhor diretor? - algumas pessoas riram da minha situaçao e eu queria voltar a dormir

- Como eu estava dizendo - o diretor continuou - Os trabalhos comunitários ajudaram na nota final de algumas matérias

- Trabalhos? Tipo trabalhos? Comunitário?

- Sim Olivia, enquanto você dormia, eu expliquei tudo. Sao trabalhos como, ir a um orfanato, ajudar em um asilo, ajudar pessoas que voltaram da guerra - se tivesse um soldado igual o Channing Tatum eu com certeza iria - Ajudar a animar pacientes de hospitais, cuidar de animais desabrigados, entre essas coisas.
Você esta me ouvindo Olivia?

- Me destrai um pouco com o Channing, mais ouvi sim diretor - algumas pessoas bobas com Lily riram

- Então concluindo, os papeis estarão pregados na parede e vocês assinem o nome de vocês em qual vocês desejam trabalhar.

Lily iria ajudar os idosos, Matt e Taylor com os soldados e Carter os doentes. O resto da sala eu não me importei em perguntar.
Depois de muito tempo refletindo, resolvi que eu iria para o orfanato.
Não tinha quase nenhum nome la, então eu coloquei.

Mais eu me certifiquei da onde estava o nome de Jaqueline para ficar bem longe dela.
O nome dela, como quase toda a maioria da sala, estava em ajudar os animais desabrigados.

No final do dia, recebi o nome de uma criança, o dia e o horário que eu teria que estar lá.

Flora, 6 anos
Sábado 11 horas da manha.
Orfanato Raio de Sol

Ótimo, vou ter que acordar cedo no sábado. Mais era por uma boa causa, entao tudo bem.

- Liv! -Lily gritou quando estava saindo da escola, ela estava junto com o Matt

- Oi gente - disse seguido de um bocejo

- Meus pais deixaram eu ir pro RIO!!! - ela disse gritando e pulando, eu ate faria isso com ela, mais minha cabeça e minha preguiça atrapalhavam um pouco.

- Eu também Liv! - Matt disse - Eu tentei te contar hoje cedo, mais você tava cansada.

- Ótimo gente, to muito feliz de verdade, mais eu não aguento mais um minuto em baixo do sol, com essa dor.

Me lembrei que teria que voltar andando para casa por que o Gus saia mais tarde hoje, ótimo Olivia.
Comecei a caminhar, acho que se eu apostasse corrida com uma tartaruga ela ganhava.

Um barulho alto e insuportável de moto entrou pelos meus ouvidos, fazendo com que minha cabeça quase explodisse.
O barulho foi diminuindo e a moto parou ao meu lado.

- Que carona? - o menino pergutou

- Nao aceito carona de estranhos falei seca e continuei andando

- Mais eu nao sou estranho - olhei para tras

Ele tirou o capacete e era Shawn, ele fingiu balançar os cabelos e eu ri.

- Quem diria Shawn Mendes é badboy - nós rimos com aquilo

- E ai aceita a carona?

- Sei lá Shawn, o barulho dela é muito alto, e a minha cabeça ta doendo de mais.

- Poe o capacete - ele disse me entregando o objeto cheio de adesivos.

- Vou aceitar por que com muita preguiça.

Passei as maos em volta do seu abdômen, consegui ver os músculos de seu braço quando ele acelerou.
Shawn era gostoso, eu sei que estou com Nash e eu o amo muito.
Mais olhar nao faz mal né? E Shawn Mendes é tentaçao de mais.

- Tchau Shawn - falei descendo de sua moto e tirando o capacete

- Tchau Liv - ele disse e eu dei um beijo em sua bochecha

Entrei em casa e coloquei o papel da minina do orfanato na geladeira.
Trabalhar nunca foi umas das minhas palavras preferidas, eu era bem preguiçosa quase sempre.

Mais eu acho que seria bom pra mim esse trabalho para mim, eu poderia ver a vida de um modo diferente e poder me aproximar dessa tar Flora.

Minha dor de cabeça comecou a tomar conta de meus pensamentos novamente, entao subi para pegar uma aspirina.
E meu celular brilhou com uma mensagem de Nash.

Hey Liv! Minha mae deixou eu ir! Mais ela quer te ver, tem como vc passar aqui em casa mais tarde??

Desbloquei meu celular para reponde-lo

Claro Nash, da qui a 40 minutos passo ai

HOPE - 2 TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora