Just suicide.

"Explosions are normal"

Ao chegar em sua casa por volta das oito da noite, alguém esperava a chegada de Gabriel em casa, era sua mãe, que estava preocupada com o sumiço do filho, principalmente por ele ter fugido de seu professor durante sua aula em casa. 

- Onde você foi? - Pergunta se levantando do sofá com os braços cruzados.

- Andar por ai, para espairecer a cabeça. - Gabriel responde rápido para despistar a verdade por trás do assunto.

- O dia inteiro? Você andou por ai, apenas para espairecer a cabeça? Não minta para mim Gabriel, eu sei que você saiu com alguém, seu professor flagrou pela janela quando você saiu com um garoto, quem era ele? - Diz com tom autoritário. 

- É meu amigo. - Responde rápido suando frio pois não sabia como sua mãe iria reagir se descobrisse sobre sua sexualidade.

- Quando fez esse amigo? Não me lembro de ter falado que tinha algum.

- Foi na escola antes de você me tirar dela. - Alfineta Gabriel começando a se alterar.

- Não iria tirar se você não desaparece-se por ai como fez aquele dia ou hoje mesmo, grande amigo você têm, seria melhor se tivesse nenhum. - Sua mãe diz com um tom grosseiro cheio de ironia.

Gabriel estava abismado com o comentário dela, como sua mãe poderia ser tão cruel pensa o loiro, ele sabe que não se da bem socialmente, principalmente com o pessoal da escola, alguns garotos lhe perseguiam enchendo seu saco, mas ele queria tentar ser mais social, ou só passar mais tempo com o único amigo que conseguiu fazer. O loiro já estava totalmente alterado e já não conseguia se controlar. 

- QUE DROGA. ELE ESTÁ SENDO MELHOR PARA MIM DO QUE VOCÊ EM ANOS. ELE NÃO ME DEIXA TRANCADO EM CASA TENDO QUE ESTUDAR COM UM VELHO BOBO, OU FINGIR QUE ESTA TUDO BEM QUANDO NÃO ESTÁ, FINGIR QUE VOCÊ SÓ ESTA EM UMA FASE COM SEUS NAMORADOS MACHISTAS E MEDÍOCRES. EU ESTOU FARDO DESSA PORCARIA TODO DIA. SE EU MORRE-SE AMANHÃ VOCÊ NEM SE IMPORTARIA COMIGO.

Gabriel desabafou em gritos profundos, seus olhos vermelhos do choro sufocante que saiu de sua alma agora chocava sua mãe, que não tinha mais palavras para dizer ao garoto. Ela não sabia de toda essa mágoa que o garoto tinha de si, saber disso a deixou muito magoada, nunca quis que seu filho ficasse assim, só queria seu melhor, receber de volta uma educação melhor do mesmo.

Gabriel se virou e abriu a porta da sala sem olhar para trás, mas parou quando sua mãe interveio:

- Aonde você pensa que vai? - Não queria que essa pergunta soasse grosseira ainda mais agora pelo estado de seu filho, porém estava preocupada.

Sem virar e encarar sua mãe em seus olhos, pois neste momento estava fardo, Gabriel responde seco ainda soluçando por ainda estar chorando.

- Vou sumir um pouco, para ver se alguém me esquece.

E saiu batendo a porta fortemente assustando sua mãe que deu um pequeno pulinho, para logo se sentar no sofá com as mãos no rosto para secar suas lágrimas tardias.

"Explosões são normais." Pensou consigo mesma.