[CONCLUÍDA] Jeon Jungkook é um gumiho, espírito de raposa vivo há mais de mil anos com a habilidade de assumir qualquer aparência, mas agora quer se tornar mortal. Segundo a lenda, ele precisa devorar cem corações humanos em cem dias para que isso a...
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Dia 11 de 15, Dodong.
Tive uma noite de sono tranquila, porém sem sonhos com a deusa da Lua. Não costumo acordar tarde, ainda assim, como todos os outros dias aqui em Dodong, acordei sem Jimin ao meu lado.
Levanto da cama, coloco uma calça de moletom e caminho até a frente da porta do banheiro, que está fechada. Olho para o balcão da cozinha e meus olhos recaem sobre a pulseira prateada com a pequena pedra branca.
Queria ter sonhado com ela mais uma vez, ter sido capaz de ouvir o que quer me dizer. Porém, a verdade é que só tenho sonhado com Jimin. Sonho com nosso beijo encostados no carro, com suas risadas enquanto assistimos filmes (ele ri bastante durante filmes de terror), com seus abraços, com seus sussurros e carinhos... Estar apaixonado é aterrorizante. Ainda mais quando você sabe que o outro não sente o mesmo. É necessário transcender em um nível que talvez se espere que apenas um espírito de mais de mil anos tenha para não se deixar abalar muito por algo assim, mas já aviso que não, não tenho esse nível. Sei que existe a possibilidade em que coração algum bata por mim, mas ela parecia tão distante que tentei afastar a dúvida todas as vezes em que ela surgiu... Só que o tempo é nosso inimigo, e ele tem colaborado para fazer crescer uma ansiedade angustiante dentro de mim.
E se eu for de fato como o ser anterior, que tentou fazer Jimin amar antes de mim? O que acontece então?
Paro em frente à porta do banheiro e dou duas batidas.
— Pode entrar. — A voz de Jimin vem de dentro um pouco abafada, ecoando nos porcelanatos do cômodo.
Abro a porta e espio dentro, vendo que está deitado na banheira com o corpo submerso e a bochecha encostada na louça, virado para a porta. Seus olhos estão suaves, quase sonolentos. Parece bastante relaxado.
— Posso me juntar a você? — me aproximo e seu olhar me acompanha.
— Deve. — ajeita a postura na banheira para me dar espaço aos seus pés, então logo tiro minha calça e minha boxer, entrando e ficando em sua frente.
Encosto minha cabeça na louça, sorrindo e olhando para Jimin com malícia enquanto deixo minhas pernas deslizarem nas dele embaixo da água. Ele ri baixo e joga um pouco de água em minha direção.
— Não temos tempo para essas coisas, Jiyeon provavelmente chegará logo. Venha. — se estica para puxar minha mão, me virar de costas e me colocar entre as próprias pernas, o que aceito rindo.
