Os Wardianos

O Juramento da Luz e das Trevas

Ano 1412 D.C. (Peru)

Estava eu ali junto a meu irmão de batalha, me apoiava nas árvores daquela floresta sentindo a dor dos ferimentos em todo o meu corpo, meu companheiro parecia pior que eu

—Antônio—eu o chamei preocupado.

—Se acalme Fernando eu estou bem. —disse o rapaz tentando me acalmar.

—Bem? —Falei Incrédulo—você não está nada bem,seu corpo têm ferimentos em toda parte e duas das suas costelas estão quebradas.

—Estou melhor que os nossos companheiros,—falou o rapaz com um pouco de dificuldade por causa da dor que sentia.

—Foi por uma boa causa meu amigo
Disse isso com os olhos lácrimejando.
Tinhamos perdido a maior parte dos nossos amigos em uma batalha cruel,
E não tínhamos notícias de uma das nossas guerreiras.

—Precisamos avançar Fernando—Ele tentou se levantar de onde estava.

—Não Antônio, é melhor passarmos a noite aqui, vou procurar algumas plantas que possam aliviar nossos ferimentos, procurar água e fazer uma fogueira e se eu tiver sorte talvez encontre algumas frutas.
Fique aqui e descanse um pouco.

—Eu posso ajudar—Meu amigo tentou se levantar mais uma vez mas a dor não o permitia se erguer.

—Você está muito ferido, não consegue andar sozinho fique aqui eu já volto
Falei entrando mais afundo na mata.
...

Me embrenhava naquela selva procurando qualquer coisa que pudesce ajudar, caminhava e caminhava mas não encontrava nenhuma árvore frutífera, já estava exausto e preocupado com meu amigo,quando derrepente ouço um barulho por entre as moitas.

Ignoro acreditando ser um pequeno animal que passou por ali.
Mas ouço outra vez e o barulho ficou mais alto, com um pouco de dificuldade preparo meu arco e minha flecha e aponto para o local.

—Quem está aí?  —perguntei elevando a voz, Apareça já seja lá quem for ordenei com voz autoritária.

Logo vejo a silhueta de alguém saindo do arbusto e se aproximando.
—Quem é você?—Pergunto ainda apontando a flecha.
—Fernando?—ao ouvir aquela voz e ver o rosto de quem era,logo a reconheço.

—Eleonor—digo me desarmando e indo abraçar minha amiga.

—Achei que estivesce morta.
—Eu sobrevivi-disse a guerreira, Ela parecia exausta, Era uma Jovem morena com cabelos castanhos e olhos verdes como esmeraldas

—Está ferida?

—Não só um pouco cansada
Eles mataram todos Fernando.
A Moça começou a chorar
Todos os nossos amigos se foram.

—Eu sei— disse a encostando no peito eu sei, mas não foi em vão,
Todos lutaram com coragem são heróis.

—Você está todo machucado.

—Não se preocupe comigo Eleonor,
Antônio está bem pior que eu.

—Antônio?—Ela perguntou supresa
Sim ele estava comigo, o deixei descansando e saí para buscar algo para comer, beber e ajudar com os ferimentos.

—Eu tenho água, pães e algumas frutas comigo,não é muito mas dá pra dividir entre vocês dois.

—Mas e você? —Não se preocupe eu já me alimentei, vocês precisam muito mais que eu onde ele está?
Venha comigo vamos até ele.

Caminhamos o mais depressa que conseguíamos até onde nosso companheiro estava.

—Antônio eu o chamei ainda distante.