Memórias dos que se foram

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(São Paulo,Brasil)

Algumas horas haviam se passado desde que cheguei da escola, eu estava me arrumando para ir a uma audiência de testamento, fiquei curioso quanto ao que minha querida avó teria deixado para mim e para minha mãe.

-Filho já está quase na hora de irmos está pronto?

-Estou quase mãe, você viu meu sapato social?

-Está na última gaveta da cômoda querido.

Depois de abrir a gaveta e calçar meus sapatos fui para sala onde minha mãe já estava, ela segurava um porta retrato com uma foto de minha vó.

-Mãe, a chamei despertando-a de seu transe.

-Ah oi filho, ela respondeu e pôs o porta retrato de volta ao lugar -já está pronto?

-Já sim, se bem que não gosto muito de ter que usar essas roupas. falei me referindo as vestes que eu usava.

-É só por um tempo querido, logo vamos ver do que se trata esse testamento e viremos pra casa.

-A senhora não têm mesmo nenhuma idéia do que se trata?

-Não, isso é algo que só vou descobrir hoje assim como você, e então vamos?

Afirmei com a cabeça, minha mãe pegou sua bolsa, saimos de casa e entramos no carro que haviamos pedido no aplicativo e que já nos esperava.

...

O carro parou em frente a um prédio bem alto, minha mãe pagou o motorista que foi embora ao receber seu dinheiro, em seguida caminhamos até a entrada do prédio ao entrarmos nos dirigimos até o balcão da recepcionista e minha mãe falou um pouco com ela.

-Só um momento porfavor, disse a recepcionista e pegou o telefone que estava em sua mesa, logo começou a falar com alguém por um tempo e depois desligou.

- O senhor Elias já está os esperando no décimo segundo andar.

- Obrigada, disse minha mãe.

E nos dirigimos ao Elevador que nos levou ao andar onde a audiência aconteceria.

Quando o Elevador parou e saímos encontramos com um homem alto de cabelos loiros, ele usava um terno preto.

-Boa tarde senhorita Ana, disse o homem apertando a mão de minha mãe - Eu irei dirigir a audiência, Ele se virou pra mim e estendeu a mão para me cumprimentar e logo a apertei.
-Você deve ser o André não é mesmo?

-Sim, isso mesmo.

-Bem vamos indo então, disse o Rapaz e o seguimos até uma sala onde havia uma mesa com cadeiras dos dois lados.

- Sentem-se porfavor

Atendendo ao que o Homem disse nos sentamos, eu de um lado e minha mãe do outro.

- E então Senhor Elias, o que a minha mãe poderia ter deixado para mim e para o meu filho? Confesso que fiquei surpresa quando recebi seu telefonema. Minha mãe nunca me disse nada sobre ter feito um testamento.

-Bem senhorita Ana, Seus pais preferiram manter isso em segredo. Não sei o porque mas foi a vontade deles.

-Então meu pai também sabia?

-Sim, ele sabia.

-E oque minha mãe teria deixado?

Depois da pergunta que minha mãe fez o rapaz pegou uma maleta preta e de lá tirou uma pasta, a pôs sobre a mesa e abriu.

-Então vamos começar a leitura do testamento de Joana Almeida Viana

Logo depois o Senhor Elias começou a ler oque estava escrito no papel que estava dentro da pasta.

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