𝟎𝟎𝟕 ➭ 𝐆𝐀𝐋𝐋𝐘

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    Todos ficaram perplexos com a mensagem de Gally.

— Não é possível que seja dele.— disse Brenda.

— Por que não?— perguntou Thomas.— Ele...

— Espera.— o interrompi e me virei para Jorge e Brenda.— Gally não é aquele garoto que deu a louca lá dentro do complexo? Tentava comer cadeiras e berrava sem parar?

— Esse mesmo.— Jorge respondeu.— Como sabe disso?

— Eu vivia passando pelas tubulações, eu vi ele. Além de ouvir os funcionários falando sobre isso.— respondi.— Mas é irrelevante. Vocês conhecem ele?

— Estávamos no mesmo labirinto.— replicou Minho.

— Estou imaginando o que "Braço Direito" quer dizer.— comentou Thomas.

Jorge quem respondeu:

— Há rumores sobre ele em todo lugar. Supõe-se que se trata de um grupo subversivo inclinado a destruir o CRUEL.

— Acho que devemos encontrar Hans.— começou Brenda.

— Vamos ver Gally antes. Precisamos de alguém que conheça a cidade.— insistiu Thomas.

— E se for algum tipo de armadilha?— perguntei.— Podem ser os varões do CRUEL.

— É.— disse Minho.— Talvez a gente deva pensar melhor no assunto.

— Não.— discordou.— Não podemos mais agir assim. Às vezes eles fazem coisas só para me obrigar a fazer o contrário do que acham que eu acho que acham que eu quero fazer.

— Hã?— todos perguntamos ao mesmo tempo.

Muitas vezes Thomas se expressava de uma maneira que só ele entendia.

— De agora em diante, farei o que achar certo.— explicou Thomas.— E algo me diz que precisamos ir a esse lugar e ver Gally. Nem que seja para descobrir que o bilhete não é dele.

    Nós o encaramos, tentando buscar novos argumentos.

— Muito bem. Vou tomar esse silêncio como um sim. Agora como chegamos lá?— perguntou.

Brenda suspirou.

— Já ouviu falar em táxi?

                                 ✵

    Após uma rápida refeição no centro comercial, pegamos um táxi que nos levou até a cidade. Todos coubemos no carro, embora estivesse cheio de objetos no carpete, o que atrapalhada um pouco. O veículo parou diante de um prédio de cimento com pelo menos vinte andares.

    Uma vez que saltamos e o táxi se afastou, Jorge apontou para a escada mais próxima.

— O número 2.792 é bem aqui, no segundo andar.

Minho suspirou, depois comentou com ironia:

— Parece até um lar de verdade.

   Não tinha como discordar, o lugar não era lá muito agradável. O prédio parecia mal cuidado, ou até abandonado, assim como a grande maioria da cidade de Denver.

Brenda, atrás de Thomas, o deu um empurrão.

— A ideia foi sua. Você vai na frente.

Subimos as escadas, atrás de Thomas, paramos em frente a porta.

Peguei a faca que estava em meu bolso.

𝗘𝗦𝗖𝗔𝗣𝗘 ;𝙢𝙖𝙯𝙚 𝙧𝙪𝙣𝙣𝙚𝙧Onde histórias criam vida. Descubra agora