Andávamos pela cidade sem rumo. E sabíamos que Thomas estava ferrado. Cogitamos em voltar para o hotel, mas não podíamos deixá-lo.
Também estava preocupada com Newt. Ele estava sozinho naquele Berg havia dias! Quem sabe o que poderia acontecer. E eu ainda tinha de entregar o chaveiro.Vagamos por quase duas horas. Atentos a qualquer sinal de Thomas.
"Onde esse varão se meteu? Não é possível que tenha desaparecido".
Naquele momento, vimos um planador partindo. Logo abaixo, havia Thomas e um homem no chão, morto.
— Ali está ele!— apontou Minho, e correu em direção ao outro.
Ele parou de modo brusco ao ver o Camisa Vermelha jogado no chão.
— Santo... O que aconteceu por aqui?— voltou-se para Thomas:— E quanto a você? Tudo bem? Foi você quem o matou?
— Sim, saquei minha metralhadora e o reduzi a um monte de minúsculos pedaços de carne.
O semblante de Minho deixou evidente que não havia apreciado o sarcasmo, mas Brenda se manifestou antes que ouvisse o revide:
— Quem o matou?
Thomas apontou para o céu.
— Um daqueles planadores de patrulha. Voou até aqui e atirou nele até matá-lo, e a próxima coisa que sei é que o Homem-Rato apareceu em uma tela, tentando me convencer de que preciso voltar ao CRUEL.
— Cara,— disse Minho.— você não pode nem...
— Dá um tempo!— Thomas o cortou.— É claro que não há como voltar para lá, mas talvez precisem tanto de mim que aceitem negociar e nos ajudar de algum modo. Nossa prioridade agora deve ser Newt. Janson acha que ele está sucumbindo ao Fulgor bem mais rápido que a média das pessoas. Temos que dar uma olhada nele.
— Ele disse isso mesmo?— questionei.
— Disse. Acredito nele. Vocês viram como ele vem agindo.
Minho endereçou a Thomas um olhar cheio de dor.
Era evidente que Minho e Newt se conheciam há muito tempo, melhores amigos, diria. As brigas entre os dois eram causadas pela personalidade afrontosa de Minho, juntamente à agressividade do Fulgor se manifestando em Newt. Talvez também sentissem a sensação de dejavu e confiança inexplicável, como se tivessem sido melhores amigos na vida anterior. Sei bem como é o sentimento. Eles tem muita sorte de terem um ao outro.— É melhor darmos um jeito de ver como ele está.— repetiu Thomas.
Minho concordou com a cabeça e desviou o olhar.
— Está ficando tarde.— Brenda falou.— Eles não deixam pessoas entrar e sair da cidade a noite. Já é difícil demais manter as coisas sob controle durante o dia.
Jorge que estivera calado até então, comentou:
— Esse é um dos menores problemas. Algo estranho está acontecendo neste lugar, muchachos.— fez uma pausa.— Todos parecem ter desaparecido na última meia hora, e as poucas pessoas que vi, eram bem esquisitas.
— Aquela cena na cafeteria realmente fez todo mundo dispersar.— comentei.
— Não sei não... Esta cidade está me provocando uma sensação horrível, hermana. É como se tivesse ganhado vida própria e só aguardasse para desencadear algo terrível e detestável.
— Se nos apressarmos conseguimos conseguimos chegar até lá, não? Tem como escapar da vigilância?— questionei.
— Podemos tentar.— respondeu Brenda.— E torcer para achar um táxi.
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𝗘𝗦𝗖𝗔𝗣𝗘 ;𝙢𝙖𝙯𝙚 𝙧𝙪𝙣𝙣𝙚𝙧
Fiksi Ilmiah[completa] ❝ O que você, varão, acha que eu tenho? Desejo de morte? ❞ Depois de uma devastação solar, uma doença criada pelos humanos veio. O Fulgor. Desde então, o CRUEL tenta achar uma cura. Eles colocaram jovens em labirintos, sem memórias, c...