Depois de uma boa caminhada, chegamos ao depósito de armas que Brenda nos levava. As prateleiras estavam abarrotadas.— Alguém está aprontando alguma pra gente, não é possível. — Newt murmurou.
— Só pode ser.— Minho concordou — Todo mundo de repente desaparece, as portas estão destrancadas, e as armas estão aqui, só esperando por nós. É óbvio que estão nos observando através desses trolhos de besouros mecânicos.
"Trolhos?"
— Ei.— Newt chamou.— Olhem isso. — nos aproximamos dele.— A poeira ao redor. É bem evidente que uma série de armas foi retirada daqui há pouco tempo. Talvez na última hora.
— Por que isso é tão importante?— a voz de Minho soou atrás de nós.
Newt o encarou:
— Você não consegue descobrir nada por si próprio, uma vez que seja, seu trolho?Minho recuou. Parecia mais surpreso que zangado.
— Calma aí, Newt.— falou Thomas.— As coisas estão fervendo aqui, eu sei, mas vá devagar. O que há de errado?
— Já lhe disse o que há de errado, droga. Você dá uma de durão, faz tudo sem planejamento e está nos liderando como um bando de galinhas em busca de migalhas. E Minho não consegue dar um maldito passo sem perguntar que pé deve colocar na frente.
O asiático se recuperou o suficiente do choque para se irritar:
— Olhe aqui, seu cara de mértila. Você é quem está agindo como um gênio pé de chinelo, por imaginar que alguns guardas pegaram armas da sala de armas. Pensei que deveria lhe dar o benefício da dúvida, agir como se talvez tivesse descoberto algo mais profundo que isso. Da próxima vez, vou dar um pontapé nesse seu maldito traseiro por declarar uma besteira dessas.Newt havia mudado de expressão. Ele parecia abalado, quase em lágrimas.
— Desculpe.— murmurou Newt. Em seguida se virou e saiu da sala.
— O que deu nele?— sussurrou Minho.
— Ele não é imune... vocês sabem disso. — disse Brenda. — Era de se esperar que talvez ele se infectasse, e...
— Para. — Minho a cortou, aparentemente era um assunto que o incomodava.
Nem dois minutos se passaram quando New retornou a sala, com um semblante mais calmo do que antes. Pensei que talvez Minho e Newt não se dessem tão bem... mas descobri que era bem ao contrário, eram melhores amigos...
— Deveríamos ir... antes que venham atrás de nós... — Thomas disse, desencostando da parede e indo em direção à porta.
— Fico contente em ver que quem não é Imune ao Fulgor não é o único com o cérebro que ainda funciona.— Newt murmurou, e os outros se viraram.
— Da próxima vez, tente se explicar direito, em vez de surtar.— falou Minho.— Não achei que que tivesse perdido a cabeça tão depressa, mas fico contente que tenha voltado. Podemos precisar de um Crank para farejar esses outros, se é que realmente invadiram isso aqui.
Eu poderia ter dado um soco nele depois disso. Garoto idiota.
— Nunca soube quando fechar a matraca, não é, Minho? Sempre tem de dar a maldita última palavra.— acusou Newt.
— Ah, cale a boca, seu cara de mértila.— replicou o de olhos puxados.
A tensão entre os dois era quase palpável, pior do que durante a pequena discussão entre os dois alguns minutos atrás.
Newt caminhou a passos lentos até Minho e se deteve na frente dele. Então, rápido como um bote de cobra, esmurrou-lhe no rosto. Isso pegou todos de surpresa.Minho cambaleou para trás e bateu na prateleira de armas vazia. Num salto, lançou-se sobre Newt, derrubando-o no chão.
Tudo aconteceu tão depressa que mal consegui acompanhar. Thomas correu até os dois e antes que Newt pudesse lançar outro soco, Thomas o tirou de perto de Minho.— Até que ponto chega a estupidez de vocês?!—gritei, girando os braços do asiático para trás das costas.— Estamos fugindo tentando fugir juntos, e vocês dois estão gastando tempo em uma briga?!
— Ele quem começou!— disse Minho.
— E quantos anos vocês tem? Oito?— Brenda questionou.
Ninguém respondeu.
— A culpa é minha.— Newt suspirou— Tudo me aborrece. Não dá para controlar. Preciso de uma droga de pausa.— se virou e saiu.
— Minho, encontre mais alguns Lança-Granadas para levarmos, Bobbie, pegue algumas armas ali. Brenda, pode pegar mais munição?— Thomas fez uma pausa.— Vou buscar Newt.
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𝗘𝗦𝗖𝗔𝗣𝗘 ;𝙢𝙖𝙯𝙚 𝙧𝙪𝙣𝙣𝙚𝙧
Ciencia Ficción[completa] ❝ O que você, varão, acha que eu tenho? Desejo de morte? ❞ Depois de uma devastação solar, uma doença criada pelos humanos veio. O Fulgor. Desde então, o CRUEL tenta achar uma cura. Eles colocaram jovens em labirintos, sem memórias, c...