1° ano - VI

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Assim que os alunos da última aula foram liberados os meninos voltaram para a comunal para jogarem xadrez bruxo e as meninas foram procurar por algum lugar para conversar no jardim.

- O que vocês acham da gente ir ali? - pergunta Diana, apontando para um lugar escondido na floresta.

 Para chegar até lá seguia-se um pequeno caminho de pedras, por ser praticamente no meio do rio. Após sujar um pouco as botas de água e lama, as cinco se sentaram em círculo, alguns caiporas riam quando passavam por elas, mas elas não se intimidavam.

  Laís deitou no colo de Isis e ficou fazendo círculos cor de rosa com a varinha, enquanto as demais conversavam.

- E o que vocês acharam dos meninos? - pergunta Alicia, cruzando as pernas - Acho que por termos varinhas raras vamos acabar nos tornando um grupo, querendo ou não.

- Dos quatro Bernardo é o mais legal! - prontifica Diana, Laís sorri para ela.

- E quando você conversou com ele para ter tanta certeza assim? - pergunta Laís, a bochecha de Diana passou para um tom avermelhado.

- Como nós sentamos juntos em todas as aulas eu fiquei sabendo muito mais dele do que você imagina, Srta. Illary. - ela brinca com a varinha - Mas os outros também são legais...

- Ravi é meio idiota. - diz Emily - Ainda não confio nele, não completamente.

- Porque você não gosta dele? Percebi que vocês já se conhecem a mais tempo. - diz Laís, sentando-se, para conseguir enxergar todas de maneira melhor.

- Tivemos alguns probleminhas quando crianças, mas não é só isso. - ela continua - Ele é primo da Priscila, e está mais do que óbvio que elas não são confiáveis.

- E você não consegue tirar o meu nome da boca, não é, Cardoso? - diz Priscila, que apareceu ali tão de repente que Laís quase deu um pulo, Alicia e Emily se colocaram de pé imediatamente. - Eu espero realmente que meu primo não seja mal influenciado por traidoras do sangue como vocês...

- O que ele fizer é escolha dele, elas não tem nada a ver com isso. - diz Laís também se colocando de pé.

- Fica quieta sua sangue ruim! - diz uma garota de cabelo comprido e loiro logo atrás de Priscila, ela também usava óculos redondo.

 Diana se levantou abruptamente, apontando a varinha para a garganta da garota.

- Não tem sangue mais sujo do que o seu. - diz Diana e a garota ri, dando um passo a frente, de modo que a varinha encostasse em sua pele.

- Eu te conheço, você é uma Junqueira, filha da maior jogadora de quadribol do Brasil. - ela diz e em seguida bate palmas - Mas eu, eu sou uma Clark, eu tenho o sangue bruxo em todas as gerações da minha família. 

- Clara, não vale a pena entrar em briga. - diz uma garota de cabelo cacheado loiro-avermelhado e olhos verdes, segurando o ombro da Clark.

- Eu escutaria a sua amiguinha. - sussurra Diana, Clara a olha de cima abaixo e em seguida se afasta.

- Vamos Priscila, nós vamos ter uma conversa séria com o seu primo. - diz Clara, as outras seguindo-a para longe dali.

***

Naquela noite faíscas vermelhas clareavam o quarto das garotas, fazendo Isis acordar quase imediatamente, ela se sentou na cama e olho pela janela, viu um grupo de pessoas soltando faíscas para cima, porém a sinalização não durou muito tempo.

- Meninas, acordem! - diz Isis, pegando a sua varinha e ordenando que ela iluminasse o ambiente, puxando o seu coturno e calçando-o - Acordem!

Raridade MágicaOnde histórias criam vida. Descubra agora