2° ano - VI

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 As fadas se encarregaram a fazer muito barulho naquela manhã, assustando as garotas no dormitório, que se levantaram atordoadas.

- Qualquer dia eu coloco veneno na comida dessas fadas e ninguém sabe o porquê.  - reclama Diana, uma fada voa mais a frente.

- A Profa. Garcia convoca a presença de todas vocês para uma reunião de urgência! - a fada diz, sorrindo, a sua voz aguda doía os ouvidos das garotas - Se arrumem imediatamente!

Assim que as fadas saem todas se levantam e começam a se arrumar.

- Eu não acredito em fadas, eu não acredito em fadas, eu não acredito em fadas... - murmurava Laís, com sono, Alicia a olhou estranho.

- Como que você não acredita em fadas? Você literalmente acabou de conversar com elas. - diz Alicia, colocando a sua capa.

- Você nunca assistiu Peter Pan? - pergunta Laís e Alicia nega - Eu estou com muita preguiça de explicar...

- Malditas sejam. - resmunga Isis, encolhida na cama.

- Vamos logo, antes que eu caía nessa cama e durma. - reclama Emily e todas saem do quarto.

 Elas chegaram no salão comunal quase que junto com os garotos, que estavam com os cabelos despenteados e o rosto amassado.

- Vocês estão péssimos! - comenta Laís, Nicolas passa a mão no cabelo, na tentativa de adquirir alguma melhora e Ravi mostra o dedo do meio para ela, Carlos e Bernardo estavam com muito sono para falar alguma coisa.

 Eles saíram do salão em silêncio e assim prosseguiram em todo caminho até a sala da diretora. Assim que a porta se abriu, perceberam que tinham companhia.

 Do lado direito da mesa da professora estava Karine Escobar, a mãe de Ravi, e ao lado esquerdo estava o Ministro, praticamente o presidente do universo mágico brasileiro, Eduardo Soares.

- Bom dia crianças. - cumprimenta a Profa. Garcia, apontando para as cadeiras a sua frente, eles se sentam nervosos, o sono parecia ter se esvaído.

- Olá meu filho. - cumprimenta a Sra. Escobar, Ravi lança um olhar sombrio para ela.

- Oi mãe. - ele responde.

- Serei direto, afinal, tenho mais coisas para fazer. - inicia o Ministro - É de demasia injustiça o fato de que vocês não precisarem pronunciar os feitiços para que eles sejam feitos, isso dá muito poder nas suas mãos, e além de prejudicar os seus colegas prejudica também os seus estudos. Por isso eu informo que vocês deverão passar a utilizar varinhas de cunho normal. - sentencia o Ministro.

- E o que acontecerão com as nossas varinhas? - pergunta Laís, preocupada.

- Entramos em acordo geral e as varinhas permanecerão guardadas comigo, vocês terão acesso a elas durante as nossas aulas de preparação e eu irei devolver elas assim que vocês se formarem. - responde a Profa. Garcia, Laís assente, aliviada.

- E quanto a minha mãe? Porque ela está aqui? - pergunta Ravi, a Sra. Escobar sorri.

- Porque fui eu quem fiz o pedido ao ministro para a criação dessa regra e queria ver ele colocando a mesma em prática, querido. - explica a bruxa, Ravi se segura para não revirar os olhos, o Ministro se vira para a professora.

- Estou de saída Akira, agradeço a disponibilidade. - responde o Ministro, saindo da sala, a Sra. Escobar o acompanha, brincando com a varinha em sua mão.

 A professora suspira assim que eles saem da sala.

- Eu sinto muito crianças. - a professora diz.

- Não é sua culpa. - prontifica Laís.

- Sim professora, a senhora não podia fazer nada. - complementa Bernardo.

 A professora sorri para eles, se levantando.

- Acredito que vocês tenham aula para assistir, podem sair, estão liberados. - a diretora diz, e todos se despedem dela, saindo da sala.

***

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