Os alunos entraram desconfiados na sala da diretora, com a sua varinha ela fez mais cadeiras aparecerem a sua frente e fez um gesto para que eles se sentassem.
Ela tinha em sua mão uma taça de vidro com uma bebida amarelada e pegajosa, apesar de não ter uma aparência muito boa, Akira sorria a cada gole.
- Vocês devem estar se perguntando porque eu os chamei aqui novamente. - diz a diretora, deixando a sua taça de lado e apoiando o rosto com as mãos - Eu estava pensando sobre o assunto e resolvi que vocês devem ter aulas particulares comigo devido a raridade mágica de vocês...
- Por causa das nossas varinhas raras. - deduz Isis, a diretora assente.
- Sim Isis, mas as varinhas escolhem os bruxos, tem algo diferente em cada um de vocês que vocês precisam aprender a controlar. - conclui a diretora - Marcarei essa aula todas as sextas, após o último horário, na sala próxima ao lado.
A professora fitou os nove, desafiando algum a reclamar ou fazer alguma pergunta, mas todos concordaram com as ordens da diretora.
- Obrigada crianças, podem voltar para os seus afazeres.
***
Estudo dos trouxas é uma aula opcional do currículo dos estudantes de Castelo Bruxo, por ser nascida trouxa Laís escolheu não estuda-la, diferente de Bernardo, que não perde nenhuma aula.
Após deixar os seus amigos na sala de estudo dos trouxas, Laís seguiu sozinha pelos corredores, voltando para a sua comunal.
Assim que Laís vira a primeira curva do corredor dá de cara com as cinco garotas da comunal Sul: Priscila, Clara, Charlie, Amélia e Grace, todas enfileiradas, fitando-a.
- Olha só se não é a sangue-ruim. - provoca Priscila, cruzando os braços.
Laís tentou ignora-las e passar por elas, mas Clara impediu a sua passagem.
- Você achou mesmo que nós vamos deixar barato o que você fez com Clara? - pergunta Amélia, Laís respirou fundo, nervosa.
- Me deixa ir pra minha comunal em paz. - ela pede - Vocês não cansam?
- O que foi? Tá com medinho Illary? - pergunta Priscila, Laís ri com escarnio e aponta a varinha para ela.
- Só nos seus sonhos! - responde Laís.
- Expelliarmus! - grita Grace, a varinha voou da mão de Laís, Priscila sorri orgulhosa.
- Estupefaça! - grita Priscila, antes que Laís pudesse reagir ela foi atirada para longe, sua visão se tornou escura e ela ficou imóvel.
Assim que Laís caiu no chão Nicolas apareceu, ele arregalou os olhos apavorado quando a viu no chão.
- O que vocês fizeram? - ele grita, se abaixando e puxando Laís para perto - Onde está a varinha dela?
- Nicolas, fique quieto! - ralha Priscila, Nicolas aponta a varinha para ela.
- Onde está a varinha dela? - ele pergunta pausadamente.
Priscila tinha sangue nos olhos, ela pegou a varinha e entregou para o garoto.
- Você deveria parar de andar com pessoas como ela, Nicolas. - aconselha Priscila - Você tem potencial para ser melhor do que isso.
- Priscila, dá pra você parar de falar merda? - ele diz irritado, segurando o rosto de Laís - O que você fez com ela?
- Eu não fiz nada, lixo já fica nesse estado normalmente. - ela responde, debochadamente.
Nicolas se levanta colocando a varinha na garganta de Priscila que ri.
- Ah Nicolas, você me enoja. - ela diz, encarando-o.
- Silencio. - ele sussurra, Priscila abre a boca para falar, porém nenhum som era emitido, Nicolas sorri em satisfação - Some Priscila, caso você queira que eu não conte nada para a diretora.
O rosto dela estava inteiramente vermelho, mas mesmo assim ela virou as costas e saiu do corredor junto com as suas amigas, Nicolas voltou a sua atenção para Laís, apontando a varinha para ela.
- Eu quero que ela volte ao normal. - ele sussurrou, uma luz prateada saiu da ponta da varinha em direção a Laís, que despertou como quem acorda de um sono profundo, Nicolas suspirou aliviado, puxando ela para um abraço.
Laís ficou sem reação por um tempo, porém, após seus sentidos voltarem, ela retribuiu o abraço, aconchegando a cabeça em seu peito.
- Alguém de fora vendo essa cena deve estar achando isso muito estranho. - sussurra Laís, Nicolas ri, se afastando, porém ainda fitando os seus olhos.
- Que bom que você está bem. - ele diz sorrindo, porém a sua expressão se torna séria - Você está bem?
- Eu estou bem. - Laís ri - Não sei o que você fez, mas me deixou bem.
Nicolas sorri envergonhado, se levantando e estendendo a sua mão para ajuda-la.
- Eu fiquei com medo de não conseguir te ajudar. - Nicolas confessa, passando a mão envergonhado pelo cabelo.
- Mas você conseguiu. - ela diz, colocando a mão no ombro dele - Estamos kits agora.
Ele ri, lembrando-se do dia em que ela e as outras garotas ajudaram-no com o problema no rio, em seguida estremecendo com a lembrança da visão das Iaras.
- Vamos para a comunal. - ele diz, pegando automaticamente na mão de Laís, que ruboriza - Lá eu tenho um pouquinho mais de certeza que você estará segura.
- Você está agindo feito o meu pai! - ela exclama, acompanhando-o, ele ri.
- Não posso mais preocupar-me com a sua segurança, Srta. Illary? - pergunta Nicolas, levando a mão livre ao peito, fingindo indignação.
- Claro que pode! É uma honra tê-lo como meu guarda-costas, Sr. Estevao! - Laís diz.
Os dois voltaram de mãos dadas para a comunal, onde aguardaram o fim da aula para encontrarem com os outros colegas.
***
Eai Família!
Esse capítulo foi revisado qualquer erro e/ou furo por favor entrar em contato comigo <3.
~Ana Maressa
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Raridade Mágica
Fantasy*Ficção inspirada no universo de J.K ROWLING (Castelo Bruxo) e no univero de RICK RIORDAN (Acampamento Meio-Sangue)* °-LIVRO EM REVISÃO, PERDOEM OS ERROS-° Laís Illary era uma garota que realizava algumas coisas um pouco diferente das outras, ao co...