Raridade Mágica

4° ano - XI

  Após as férias, que Laís passou em Castelo Bruxo, os seus amigos voltaram mais animados do que nunca, exceto por Ravi.

Quando Laís foi abraça-lo ele se afastou rapidamente, virando-se para o resto.

- Olhem, eu acho que nós devemos recuperar as nossas varinhas. - ele diz, apoiando as mãos sobre a mesa, Emily franze a testa.

- Do nada? - ela pergunta sem entender e Ravi assente.

- Não é justo que fiquem com ela! - ele reclama e Diana ri com escárnio.

- Nosso amigo morreu por causa delas e você quer recupera-las porque não é justo? Poupe-me Ravi! - reclama Diana e Isis concorda com ela.

- Ele não morreu porque tinha a varinha rara e sim porque tinha sangue sujo! - Ravi diz secamente, Laís congela em seu lugar - Se vocês não querem recuperar o que é de vocês, eu quero.

Ele sai da caverna, deixando todos sem reação com o que tinha acabado de acontecer.

- Que idiota... - murmura Laís, tentando segurar as lágrimas, o que foi impossível quando Isis sentou ao lado dela, puxando-a para um abraço.

- Ele tá assim desde mais cedo. - comenta Nicolas - Ele disse que não ia ficar em nosso quarto se Téo também estivesse, porque ele é nascido trouxa.

- Essas férias fizeram muito mal para ele. - comenta Emily e Alicia concorda.

- Eu vou tentar conversar com ele depois. - promete Carlos - Fiquem tranquilas, ele vai voltar ao normal.

***

- Ele não vai voltar ao normal. - diz Emily, perdendo as esperanças, tristemente.

- Já é o terceiro dia que ele dorme no salão por causa de Téo. - diz Carlos - Já está ridículo!

Laís suspira, passando as mãos pelos cabelos.

- Devemos contar pra Profa. Garcia? - ela pergunta, eles ponderam a idéia, porém Nicolas nega.

- Vou tentar conversar com ele amanhã pela manhã, logo depois do café. - ele afirma - Tenho certeza que ele vai me escutar dessa vez.

Emily estava completamente abalada, ela não disse mais nada e voltou para o quarto, quando as outras garotas retornaram ela estava deitada em sua cama em silêncio, todas se entreolharam, pensando o que fazer, mas respeitaram o momento e foram para a cama sem atrapalha-la.