2° ano - I

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 A Profa. Garcia entra em uma extensa sala de formato circular, repleta de cadeiras de fora a fora com vários bruxos de vestes refinadas, a diretora caminha até uma cadeira a frente da mesa do ministro.

- Do que se trata essa reunião, Ministro? - pergunta a diretora, unindo as mãos, tentando não transparecer o seu nervosismo.

- Akira, é de informação geral que a profecia foi cumprida. - diz o Ministro, inclinando-se para frente, a Profa. Garcia franze a testa.

- Me desculpe?

-"Duvidarão de sua força e poder, todos terão muito a temer, na mão de amigos um irá se perder e outro irá se refazer, ao sino de março eles irão se apresentar, e sua raridade mágica irá se manifestar". - diz o Ministro, lendo em um papel - Essa profecia idiota das varinhas raras, que alguma bruxa oráculo criou.

- Senhor Ministro. - diz a Sra. Escobar, mãe de Ravi , se levantando - Eu acho que essas varinhas deveriam ser recolhidas daqueles que não a merecem.

- Não é possível mudar uma profecia. - diz uma bruxa mais velha, sentada junto ao conselho do ministro.

- Mas é possível molda-la! - reclama a Sra. Escobar - O meu filho é um dos escolhidos, se ele for um dos que vai se perder...

-  É mais fácil ele ser o que vai se refazer do inferno pelo a qual ele foi criado. - a Profa. Garcia cruza os braços, fazendo a Sra. Escobar se sentir ofendida - Por favor Karine, pense um pouco...

- Diretora, não é sobre seu filho que estamos falando. - a Sra. Escobar diz e a diretora fica ligeiramente desconfortável, encolhendo os ombros - Senhor Ministro...

- Eu imagino que as crianças ainda estão muito jovens. - diz o Ministro, fazendo um gesto para que a Sra. Escobar volte a se sentar - Ainda há tempo para se pensar.

- Essas crianças virarão monstros quanto menos nós percebermos. - diz a outra Sra. Escobar, mãe de Priscila - Com todo respeito Karine.

- Você está completamente certa! - ela reclama, voltando a se levantar - Temos que tirar o poder da mão dessas crianças, principalmente daquelas que não tem uma educação bruxa dentro de casa.

- Isso não é importante, é justamente para isso que elas frequentam a escola... - reclama a Profa. Garcia.

- Certo, iremos iniciar uma busca em direção as crianças para que elas mudem as suas varinhas, se o poder se manifestar mesmo assim, teremos que manter elas presas. - diz o Ministro, fazendo tanto a diretora quanto a Sra. Escobar se assustarem.

- Isso é ridículo, Ministro. - diz a Profa. Garcia. - Prender crianças enquanto elas poderiam aprender a controlar o seu poder, elas irão se tornar bruxos grandiosos!

- Manter meu filho preso? - murmura a Sra. Escobar - Mas ele é só uma criança...

 A Profa. Garcia parecia querer soltar faíscas de seus olhos.

- Eu irei fazer o possível e o impossível para proteger essas crianças, não deixarei que vocês privem o poder que elas tem dentro delas. - diz a diretora, virando-se e saindo.

Laís acorda com o coração acelerado, ela demorou para perceber que estava em Castelo Bruxo, e não em sua casa, fazia apenas um dia que ela havia retornado.

 Olhou para os lados e percebeu que as suas amigas ainda dormiam, como percebeu que não conseguiria pegar no sono novamente ela resolveu se arrumar e ir fazer uma visita na sala da Profa. Garcia.

Devido o horário não havia ninguém no salão e nem nos corredores, porém Laís estava crente de que a sua diretora estava acordada.

 Antes mesmo que ela pudesse bater a porta, a mesma se abriu, a Profa. Garcia sorri para ela.

- Bom dia Laís. - sorri a diretora - Ao que devo a honra da sua visita a essa hora da manhã?

- Bom professora, eu queria conversar com a senhora sobre um sonho que eu tive essa noite. - diz Laís, se sentindo imediatamente envergonhada, falando em voz alta ela percebeu que não era lá um assunto muito urgente.

- Sente-se. - pede a diretora, apontando para uma das cadeiras.- Conte mais sobre esse sonho.

- A senhora estava em uma espécie de reunião com o Ministro, a Sra. Escobar também estava lá... - e então Laís narra todo o sonho, a professora escutava com muita atenção.

- Muitas vezes os nossos sonhos não são só sonhos, Laís. - explica a diretora - São visões.

- Então o meu sonho é uma visão de algo que realmente aconteceu? - pergunta Laís e a diretora assente - Então por isso ano passado a senhora estava preocupada e pediu para que voltássemos antes para a escola.

 A diretora assente, Laís suspira.

- Não seria mais fácil trocarmos as varinhas e ficarmos com varinhas normais? - pergunta Laís, a diretora sorri.

- Não é tão simples, Laís. - diz a diretora - A varinha nos escolhe, ou conseguimos ela por algum feito, a varinha escolheu vocês, eu quero muito evitar que ela seja tirada mas eu tenho certeza que vai chegar um momento em que isso vai passar a ser perigoso.

- Porque? - pergunta Laís, a diretora suspira.

- Guerra por poder, como você viu no sonho, a Sra. Escobar ficou indignada ao saber que nascidos trouxas estavam com varinhas raras. - explica a diretora.

 Laís pensou em fazer mais perguntas, mas a diretora parecia ter finalizado o assunto.

- Ok, muito obrigada professora. - diz Laís se levantando.

- Estarei sempre a disposição. - diz a diretora, apontando a varinha para a porta que se abre para Laís.

* *** *

Oi meus amoreeeeeeeeeeeeeeeeeeees!

Esse capítulo foi revisado qualquer erro e/ou furo por favor entrar em contato <3.

~Ana Maressa.


Raridade MágicaOnde histórias criam vida. Descubra agora