2° ano - V

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 Assim que chegaram na aula de magizoologia encontraram a Profa. Oliveira transitando com uma filhote de onça pintada, enquanto organizava alguns alunos pelas cadeiras.

- Que coisa mais fofa. - comenta Laís, sentando-se a frente ao lado de Bernardo.

- Muito fofa, depois de adulta com uma mordida ela poderia te matar. - diz Bernardo, Laís fecha a cara para ele.

- Não deixa de ser fofa. - diz Laís, dando de ombros.

 A professora coloca a filhote sobre a mesa, que vira de costas e começa a morder as próprias patas.

- Essa aqui é a Weed, ela é filhote de uma das minhas onças de estimação. - fala a professora, virando a filhote para que ela ficasse sentada - Pelo fato de onças serem permitidas no castelo, hoje eu resolvi ensina-los a cuidar de uma.

 Todos tiveram a oportunidade de alimentar e cuidar da onça, que a professora nomeou de Weedy, ela também deu várias dicas para caso o animal adoecesse.

- Bom crianças, alguém quer ficar com ela? - pergunta a Profa. Oliveira, Laís foi a primeira e única a levantar a mão animada, a professora sorri, caminhando até ela e entregando-a a onça - Cuide bem dela.

- Muito obrigada professora. - diz Laís, levantando-se e saindo com os seus amigos, que olhavam atônitos para ela.

- Você sabe que essa coisa não vai ficar desse tamanho para sempre, não sabe? - pergunta Ravi.

- Claro que eu sei. - diz Laís brincando com as patinhas dela - Mas mesmo assim eu gosto dela, vamos, tenho que mostrar o dormitório masculino pra ela aprender onde fazer cocô.

- Engraçadinha. - murmura Carlos.

***

Depois das festas que uniram as comunais Emily acabou se tornando muito próxima de um garoto da comunal Sul chamado Guilherme Fernandez, um garoto alto de cabelo castanho escuro ondulado, que Emily adorava mexer, tinha a pele escura e olhos acinzentados, eles costumavam se encontrar pelo ao menos uma vez por semana, sentavam no corredor e ficavam conversando.

 Naquele dia Gui havia levado seu caderno de desenho, para poder fazer um desenho de Emily.

- Vai demorar muito? - ela pergunta ansiosa.

- Vai Emy, relaxa. - ele ri, sem tirar os olhos do caderno - Conte-me sobre o seu grupo, vocês não tem um nome?

- Não. - sorri Emily - Não tem muito pra contar, nós só sentamos juntos no primeiro dia de aula e desde então ficamos juntos.

- Muita gente inveja o grupo de vocês, sabia? - ele pergunta, trocando de lápis - A amizade de vocês é muito bonita.

- Obrigada. - diz Emily envergonhada - Nós acabamos criando uma relação de família, tenho medo de quando nos formarmos nós deixarmos de ser amigos.

- Ah, eu duvido. - diz Guilherme, levantando o olhar para ela - Tá, mas são todos amigos ou tem alguns casais?

- Digamos que tem alguns casais... - diz Emily.

- E você está incluída nesses casais? - pergunta Gui rindo, Emy sorri de canto.

- Não! E não pretendo entrar nesse grupo de casais tão cedo! - diz Emily, Gui sorri e vira o seu caderno para ela.

 O desenho representava exatamente aquele momento, Emily sentada na parede oposta rindo, a capa deixada de lado e a varinha atrás da orelha.

- Por Merlin Guilherme, ficou incrível! - ela diz, abraçando o desenho, em seguida inclinando-se para frente e abraçando Gui - Você caga talento.

-  Obrigado. - ele diz, ficando vermelho.

- Próxima vez que tiver uma festa vou fazer questão de te apresentar pro meu grupo, eles vão implorar para serem desenhados por você. - Emy diz e ele ri.

- Não ouse contar para eles que eu desenho! - pede Guilherme e Emily revira os olhos.

- Vete a dormir Fernandez! - diz Emy em espanhol, devido a origem chilena do amigo, e ele abre a porta da comunal rindo.

Sueña conmigo, Cardoso! - ele responde e Emily volta para a sua comunal.

Raridade MágicaOnde histórias criam vida. Descubra agora