Capítulo 1

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Oi gente, Pomba Fluorescente aqui. Quem estiver relendo o livro, não se assuste caso leia cenas diferentes, eu estou alterando algumas coisas por terem sido preconceituosas. Hoje tenho consciência do que escrevi e por isso estou mudando. Espero que entendam. E desculpem!

- Ei, mocinha! O ônibus já vai parar na rodoviária - disse a senhora que estava sentada ao meu lado.

- Obrigada - respondi e tirei meus fones, guardando-os.

Coloquei meu celular na bolsa e saí do ônibus, assim que ele parou. Peguei minha mala e fiquei procurando a minha tia.

- Lyra, que saudades! - minha tia falou me abraçando.

Pulei devido ao susto, o que fez minha mochila cair no chão. Ela apareceu do nada! Falei pra minha mãe que essa mulher era sinistra. Comecei a passar a mão pelo meu braço esquerdo, estou sentindo um formigamento, eu tenho pressão alta, acho que tô infartando. 

Eu já tinha esquecido completamente da minha tia, que estava passando as mãos na frente da minha cara.

- Lyra, Lyra. Estou te chamando, querida. Vamos, deixei os meninos sozinhos em casa.

Meninos? Que meninos? Será que ela é uma daquelas mães de pet que gasta 90% do salário com roupa de bicho?

Fomos até o carro dela, que era um vermelho queimado super horrível, enquanto eu apenas pensava que minha tia tinha muita cara de ter um pinscher.

- Que meninos, tia?

- Ué. Seu primo e os amigos dele.

- Que primo?

Será que meu primo é um pinscher?

- Seu primo que é filho da sua tia Carla.

- Ela tem filho? - Reparem em como eu sou ligada na minha família. É capaz de eu ser uma princesa e nem saber. Pô, ia ser legal eu sendo uma princesa, né? Aqueles vestidos que devem assar as pernas, príncipes... ah, essa seria a melhor parte!

Me perdi de novo em meus pensamentos, e "acordei" com minha tia me sacudindo.

- Você é meio desligada, né não? Bom, sua tia tem um filho... só que ele mora com o pai. Nessas férias, ele ficaria com ela, mas ela está na Espanha. Então, sobrou pra mim. E ele ainda trouxe três amigos. Creche da tia Josie! Eles têm mais ou menos a sua idade. Quantos anos você tem mesmo? - Minha tia também é super ligada na família! Não sabe nem a idade da sobrinha... Bom, eu também não sei a dela, então estamos quites.

- Dezesseis, tia.

- Ah, é isso mesmo! Acho que um tem dezessete... ah, sei lá! Depois você pergunta pra eles. - Não vou perguntar nada! - Olha, estamos quase chegando. Minha casa é perto do shopping, de um supermercado e de uma loja de construção. - Ah, claro, será muito útil, porque eu quero reformar sua casa. Fiz até uma planta no caminho pra cá, mapeei o esgoto... - Querida, quero que se sinta à vontade na minha casa, viu? Como se fosse sua.

- Obrigada, tia. Deixa eu adivinhar... Sua casa é aquela... verde?

- Como sabe?

Ah, é que você tem uma leve obsessão por coisas de cores pouco usuais...

- Intuição. - Ela parou o carro vermelho na frente da casa verde. Ai, que coisa mais horrorosa! - Que casa linda!

- Que bom que gostou. - Ela abriu a porta e... sala normal, sofá normal, TV normal, um gato preto, paredes nor... Peraí! Gato preto?

- Ér, tia? O que é isso? - perguntei apontando pro troço preto.

- Um gato. - Olhei pra ela com cara de "Má vá, jura? Achei que fosse um gambá!" - É o Moon, meu gato.

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