Flowers | Lys

8

Obs: Prestem atenção ao número do capítulo, por algum motivo os capítulos estão ficando fora de ordem e eu não consegui arrumar.

BALANÇO MEU CORPO NO RITMO da música, olho para os televisão atenta e tento acompanhar os passos do refrão, as garotas do Blackpink estão matando o amor e eu fico em transe.

– Isso é kpop mesmo? – pergunto e não obtenho resposta, Sabrina está distraída demais.

– Tem certeza que eu fico bem nesse vestido? – viro o rosto e concordo. – Ah, isso é kpop sim.

– Silène não escuta elas. – o que é uma pena, queria ter conhecido antes.

Outro clipe das meninas começa e de repente a Selena Gomez aparece também, fico surpresa mas isso de certa forma me motiva a gostar ainda mais do grupo, Selena é a minha garota desde quando eu assistia sua série no Disney Channel. Procuro sobre o grupo e fico feliz por decorar os nomes e as informações rapidamente.

– Lys. – a voz de Sabrina chega suave o que é fora do normal, sua expressão me preocupa, ela parece triste.

– O que foi? – levanto da cama e me aproximo dela, ela ainda está parada na frente do espelho.

– Tem certeza mesmo?

– Sim! Você está maravilhosa.

– Quero impressionar sabe?

Ela procura pelos saltos que escolheu mais cedo, vejo que eles estão perto na cama e aponto nessa direção.

– Por que você está tão nervosa?

Seu bumbum afunda no colchão macio e eu me sento também, depois de uns três suspiros ela parece pronta para falar.

– Eu conheci essa garota em um dos shows da banda do Luke, ela é tão legal, legal demais até e acho que esse é o problema, da última vez que me envolvi com alguém tão acima da média eu me dei mal, eu só quero causar uma boa impressão e quem sabe ela perceba que eu sou alguém que vale a pena.

Fico realmente surpresa, porque pra mim Sabrina é a pessoa mais legal que conheço, ela é bonita, rica e sempre tira notas boas sem precisar estudar, além de ser atlética e sempre dizer sim para uma festa, ela é tipo incrível, reflito e sei que ela tinha mais confiança, antes de Marie.

– Você é incrível, eu não falo isso porque sou sua amiga, falo porque você é mesmo, e se essa garota é tão legal como você fala, ela vai, não, ela já percebeu, você não é alguém que passa despercebida.

Recebo um abraço caloroso, posso sentir seu corpo relaxar, fico aliviada.

– Vamos? Vou descer antes que eu desista.

Começo a recolher minhas coisas e depois desligo a tevê, Sabrina está parada na porta procurando algo na bolsa, tenho certeza que são as chaves do carro, concentro minhas preces para que ela não bata o carro, talvez tome uma multa, mas ela é rica, isso é o de menos.

(...)

Sinto o cheiro da lasanha e isso é como uma tortura para o meu estômago, que ronca sem parar.

– Timmm, vai ver se a lasanha está pronta.

– Vai você. – olho com tanta raiva que ele se levanta no mesmo instante. – Tudo bem, eu vou.

Acompanho seu corpo até o momento que ele some ao entrar na cozinha, minha mãe fez comida a mais essa semana e colocou tudo em embalagens que vão do congelador ao forno e eu fui a responsável por trazer tudo até o Tim, ela sabe que ele não cozinha muito bem e queria garantir que ele não morresse de fome enquanto seus pais estão viajando. Por sorte ele me convidou para jantar e eu aproveitei para escolher a lasanha de quatro queijos, comi ela antes de ontem e eu ainda me lembro do gosto na minha boca, precisava reviver esse momento.

– LYS! Pode me ajudar?

– Estou indo.

Quando chego na cozinha meu amigo está com a mão embaixo da torneira, a água corre entre seus dedos vermelhos.

– Pode pegar a forma? Queimei a mão. – assinto.

Pego um pano de prato na gaveta e tiro a forma do forno, os pratos já estão na bancada então apenas pego os talheres e a espátula, gosto de esperar um pouco para cortar, assim ela não desmancha tanto, aproveito esse tempo para pegar as taças e o vinho que deixamos no freezer.

– Acho que tem pomada para queimadura naquela maletinha de primeiros socorros.

– Eu vou buscar.

Com um pouco de esforço abro a garrafa de vinho, sirvo uma quantidade generosa nas duas taças e guardo a garrafa de novo na geladeira, vamos terminar isso mais tarde.

– Como você sabe mais sobre meu apartamento do que eu que moro aqui?

– Sua mãe me explicou tudo antes de viajar.

– Quando?

– Naquele dia, em Paris, enquanto arrumávamos a cozinha.

Parece que falei algo fantástico, seu rosto se ilumina e ele sorri de uma forma que me deixa preocupada.

– O que foi?

– Eu gosto de pensar naquele dia.

Tim se aproxima e me beija, fico um pouco assustada porque é a primeira vez que nos beijamos em um lugar totalmente vazio, isso parece deixar ele mais livre, porque ele está me beijando com vontade, sua mão vai até o meu cabelo colocando ele de lado, sua boca vai imediatamente para o meu pescoço e ele deixa beijos lá, o último é mais intenso e eu fico preocupada de ficar com marca de chupão então me afasto, é o sinal que ele precisa para voltar a me beijar, estou sendo pressionada no balcão, nosso corpo está tão colado que posso sentir coisas que não tenho certeza se deveria e como um alarme chato meu estômago ronca, alto o sulfite para fazer Tim parar o beijo e se afastar.

– Acho melhor a gente comer. – concordo e me prontifico em cortar a lasanha, o queijo estica de uma forma linda, minha barriga ronca de novo. – Por favor, não morra de fome Lys. – sua risada é tão boa que me faz rir também.