─ 050. 𝑈𝑚𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑡𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎 𝑝𝑟𝑖𝑛𝑐𝑒𝑠𝑎

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Suas duas katanas estavam empunhadas e dois cortes num formato de X foram feitos na entrada bloqueada daquela tenda para que Arisa pudesse encarar seu último inimigo daquela noite

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Suas duas katanas estavam empunhadas e dois cortes num formato de X foram feitos na entrada bloqueada daquela tenda para que Arisa pudesse encarar seu último inimigo daquela noite... Daquela primeira batalha pessoal contra seus verdadeiros inimigos.

Era um lugar modesto, não haviam mantimentos nem nada muito exagerado, apenas uma mesa de madeira com milhares de papéis e mapas em cima deles separavam Arisa da pessoa que ela deveria matar. Ele não era muito diferente dos outros soldados, apenas menor em questão de músculos. Provavelmente algum tipo de líder que não participa da carnificina.

A princesa não conteve sua cara de desdém enquanto fazia seus sinais de mão.

Isso não o fazia menos desprezível.

— De todas as coisas que as grandes nações desse continente esquisito poderiam fazer, eu genuinamente jamais esperaria que eles mandassem a própria realeza renegada para retaliar o acampamento — Os olhos dele eram vermelhos como os de Shoto, até mesmo a pele marrom-dourada era idêntica e a única coisa que os diferenciava eram as expressões faciais junto ao cabelo que em vez de ser negro como as asas de um corvo, era ruivo, um tom de ferrugem estonteante.

Suas roupas eram diferentes das que os outros usavam, nada parecidas com militar.

Arisa poderia passar mais tempo admirando, contudo era fácil lembrar que esse cara era só mais um supremacista de merda.

O jovem Takami olhou interessado para os espelhos de gelo que apareceram em torno do círculo perfeito marcado pelo centro e pela mesa onde os dois estavam.

— Realeza renegada? — Ela questionou enquanto rodeava a mesa num círculo perfeito junto ao inimigo. Ouvir a voz da princesa era no mínimo estranho, ademais, saber que ela não estava morta depois da queda era mais estranho ainda — Se refere a Shoto?

Seus olhos azuis cristalinos outrora castanhos se semicerraram conforme a princesa refletia sobre a natureza dessas palavras.

Ele não precisou assentir para que Arisa entendesse que sim, a malícia em seus olhos repuxados dizia muito sobre sua opinião quanto ao príncipe de lava que se voltou contra o próprio império.

— Não quero lutar, sei que isso seria burrice contra os seus do lado de fora — O jovem general deu de ombros ao lançar um sorriso de cúmplice para Arisa. Ela odiou a sensação de que os dois agora pareciam compartilhar algum segredo — Mas você sabe que sempre terá uma segunda opção, certo majestade?

Arisa não demonstrou surpresa mas essa era literalmente a primeira vez que alguém se dirigia a herdeira com tamanha cortesia ao que se refere seu título... Mesmo que a intenção dele provavelmente fosse apenas zombar dela.

( 平和 ) 𝐂𝐎𝐍𝐓𝐎𝐒 𝐃𝐄 𝐆𝐄𝐋𝐎 𝐄 𝐅𝐎𝐆𝐎 ༄Onde histórias criam vida. Descubra agora