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— Voltou cedo para casa — Mitsume Inuzuka, a mãe de Yuki, estava recostada contra uma parede enquanto acendia um cigarro no momento em que a garota chegou. Os olhos de predadora delineados em vermelho observavam a filha com a mesma expressão de sempre desde que Yeontan adoeceu.
A Inuzuka estava estressada demais para discutir qualquer coisa agora, mas a mãe fez outro comentário quando Yuki simplesmente passou por ela indo em direção às escadas.
— Ele não melhorou — A mais velha não precisava citar o nome de Yeontan para que ficasse claro o assunto sobre ele.
Yuki fechou os olhos.
— Eu sei — Ela respondeu com uma rispidez fria, todos sabiam que o cão não iria melhorar, Yeontan estava apenas sofrendo com todas aquelas substâncias correndo por suas veias e ninguém precisava lembrar Yuki disso.
A mãe arqueou as sobrancelhas enquanto plumas de nicotina saiam de sua boca.
Obviamente não aprovava a atitude de Yuki.
— Você não era assim — Ela semicerrou os olhos para a filha mas acabou recuando quando Yuki olhou de volta com raiva.
— Você também não — A filha cruzou os braços ao desistir de subir as escadas para fugir do assunto — O que aconteceu? Ser o prodígio desse clã não é mais suficiente?
Mitsume mudou seu semblante de desinteresse para algo mais parecido com frustração, era impossível não se deixar levar pelo temperamento quando Yuki a desafiava dessa forma. Tudo estava indo por água abaixo, a reputação que ela demorara anos para construir estava sendo destruído por causa de sua filha que não fazia mais questão de nada.
— O clã não aprova seus métodos! — A mãe rosnou e Yuki grunhiu de raiva enquanto passava as mãos pelo rosto.
As marcas Inuzuka borradas pareciam sangue escorrendo pelas bochechas de Yuki, um ato de rebeldia, era isso que representava.
— Eles aprovavam enquanto estava dando certo! — A jovem exclamou sem se importar com o distrito ainda acordado, quem tivesse que ouvir iria ouvir — Eu tenho um nome na ANBU por causa disso! Para colocar pelo menos um Inuzuka na história dessa vila! Não era esse o plano de sempre?! Meu cachorro está morrendo e eu só quero paz!
A mais velha levou as mãos até as têmporas, já podia sentir a dor de cabeça chegando mais tarde devido a gritaria, mas simplesmente não podia suportar quando Yuki agia assim.
— Paz?! Você quer paz?! — Mistume perguntou jogando seu cigarro no chão e pisando nele logo em seguida — As vezes eu esqueço que você é só uma cópia do seu pai, sempre agindo como ele!
