─ 008. 𝑃𝑟𝑒𝑐𝑖𝑠𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑟

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Novamente, Arisa estava sonhando com memórias que não eram dela

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Novamente, Arisa estava sonhando com memórias que não eram dela.

Tinha batido as portas com força atrás de si mesma no momento em que cruzara a passagem do quarto privado. Ainda escutava ela socando a porta de gelo, como se pudesse a abrir com o impacto caso tentasse com um pouco mais de força... Na verdade poderia derrete-la se realmente estivesse tão furioso, não o fez apenas porque temia machuca-la mais do que o pai ja tinha feito ao esbanjar seu poder.

— Você os promete coisas que não pode oferecer, não duvido que peçam sua cabeça agora — A filha murmurava do outro lado do cômodo, ignorando totalmente as pedras de gelo trincando na maldita construção inteira — Está indo longe de mais, está irritada porque eu me preocupo!

Ela enterrou o rosto nas mãos.

De agora nada adiantava a preocupação.

Mas no fundo, ela lhe dava razão... Seus poderes eram totalmente fora da curva em que os seres humanos podiam sequer tocar, então a princesa, por mais que fosse fruto do seu ventre e filha daquele que foi forjado, não podia a compreender, jamais entenderia se ela contasse a verdade.

Os superiores estavam furiosos, e agora era tarde demais para voltar atrás.

Ela tinha apenas uma missão, mas os sentimentos humanos lhe pareciam mais interessantes a cada dia que passava na terra protegendo a árvore que um dia acabaria com as vidas finitas de todos eles...

Havia a missão, o fruto, os sentimentos...

E então havia ele.

Ele tinha quase chegado a beira da loucura para tentar a compreender, para se apaixonar por aquela existência que não fora feita para coisas como o amor, como o ódio... Como qualquer sentimento que fazia os humanos serem o que eram, pedacinhos de existência que sonhavam, viviam e então tinham sua existência apagada para sempre.

Tão comuns como qualquer estrela brilhando no céu noturno infinito.

Ele era uma dessas estrelas, fraco demais para governar ao seu lado, comum demais para ser aceito por sua espécie... Mas por amor tudo é possível e numa expectativa ridícula de que os superiores o reconhecessem como digno, ela simplesmente lhe deu poder e fez isso porque podia.

Podia fazer com que todas aquelas estrelas comuns que morreriam em menos de um século brilhassem como ela, brilhassem como deuses feitos de poeira estelar... Assim como ela era, uma existência celestial, infinita e etérea.

Os problemas com o povo que haviam feito dela a rainha não chegavam nem perto do futuro cruel e destrutivo que estava reservado para ela, a deusa caída que seria derrotada pelo próprio amor; para ele, o humano forjado deus que seria derrotado pela própria ambição e ignorância... E para todos os seus súditos que passariam a eternidade em guerra para pagar pelos pecados cometidos no passado.

( 平和 ) 𝐂𝐎𝐍𝐓𝐎𝐒 𝐃𝐄 𝐆𝐄𝐋𝐎 𝐄 𝐅𝐎𝐆𝐎 ༄Onde histórias criam vida. Descubra agora