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Ele era um gênio.
Era uma existência peculiar e extremamente diferente, considerado por Hiruzen Satutobi, um prodígio que só aparece a cada uma geração... Mas principalmente e de forma mais notável, ele tinha uma personalidade distorcida, e mesmo que isso jamais pudesse ser considerado algo bom, foi exatamente o motivo de ter se tornado tão interessante.
Orochimaru era o único ninja de Konoha que a entendia e não julgava suas ideias, passava horas a ouvindo contar histórias sobre como era horrível ter um nome famoso desde o dia de seu nascimento, a ouvindo contar sobre seus sonhos, suas metas... Sobre seu espírito livre e sobre seu medo da morte.
Apesar de se darem muito bem isolados dos outros dois membros da primeira geração do time sete, Katara e Orochimaru vinham de polos extremamente opostos... Eles eram par e ímpar, pergunta e resposta, começo e fim...
Era como se os dois estivessem destinados a se encontrar desde que a terra era apenas poeira estelar.
Katara Senju era neta de Tobirama, o segundo grandioso hokage, conhecido por ter sido o mais restrito de todos... O menos tolerante de todos, porém aquele que defendeu sua vila nas grandes guerras, aquele que criou a maioria dos jutsus que conhecemos hoje em dia.
A garota não era nada do que se esperava de uma Senju, apesar de ter seu intelecto superior natural, Katara nunca se interessou pela famosa vontade do fogo... Ela desejava ser uma aventureira, queria conhecer os confins do mundo, aprender todas as verdades e poder voar como um pássaro livre.
Ela odiava toda a cobrança que caía por cima de seus ombros, desde seus seis anos de idade já estava sendo treinada para ser Hokage, para ser herdeira daquela ditadura Senju, que era como ela gostava de chamar a sucessão super anti-democrática que vivem até hoje.
E então, do outro lado da moeda, havia ele, um menino órfão que havia sido negligenciado a ponto de não ter nem ao menos um sobrenome, um clã, ou qualquer coisa que o identificasse como parte daquela aldeia.
Orochimaru, ao contrário do que muitos pensam, sempre foi exatamente do jeito que é hoje em dia... Ao menos desde que seus pais morreram, ele adquiriu sua personalidade distorcida, esses costumes sádicos, a falta de empatia em matar pessoas e as ambições que pareciam não terem limites nem físicos, nem espirituais.
O garoto apesar de ambicioso e determinado, nunca teve um propósito até Katara Senju, por interesse próprio ou por pura curiosidade, se aproximar dele o suficiente para compartilhar seus desejos mais profundos e escondidos.
E apesar de ser uma menina confusa e tagarela, a Senju de cabelos brancos, riso solto e pele morena tinha razão em questionar a morte, em questionar as leis da vila e toda aquela palhaçada que um ninja tinha que fazer para ser considerado um shinobi.
