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Provavelmente ja se passavam das duas da manhã quando Sai acordou de um pesadelo do passado depois de passar um bom tempo se revirando em seu canto. Ele abriu os olhos para ver as folhas de árvores cobrindo o céu noturno acima do pequeno acampamento que cercava uma fogueira ainda acesa e se sentou esfregando as têmporas, frustrado com a lembrança de infância.
Se hoje fosse um dia comum, Arisa também estaria acordada com os olhos bem abertos olhando para as estrelas. Ela sempre fazia isso durante a madrugada e não o percebia rindo de suas caretas como se estivesse conversando sozinha mentalmente.
Yuki e Tsukino estavam dormindo calmamente enquanto o time da areia no outro lado do acampamento permanecia calado dentro de sua barraca. Sai tinha a impressão de que não deveria se intrometer no motivo estranho de haver dois espaços vazios ao seu lado, mas Arisa e Kira não tinham motivos para sumir numa madrugada.
Tsukino resmungou ao ser incomodada e até demorou para abrir os olhos cristalinos mas ao constatar a ausência daqueles dois em meio a todas as coisas estranhas que estavam acontecendo, a ninja se levantou com uma preocupação quase que gritante.
Yuki foi deixada dormindo e mesmo contra sua vontade de não incomodar pessoas, Tsukino acabou indo até a barraca dos ninjas de Suna para pedir ajuda de Nala já que em sua equipe não havia mais nenhum pet ninja farejador.
O líder da areia parecia tão preocupado quanto a Namikaze ao que se refere o sumiço da garota de cabelos azuis e insistiu em acompanhar Sena com sua tigresa pela floresta silenciosa e escura naquela noite estranha.
Tsukino, Sai, Shoto, Sena e Nala demoraram tempo o suficiente para deixar o primo da princesa suando frio enquanto não encontravam aquela entrada ridiculamente suspeita com uma porta de pedra apoiada no canto da passagem. Parecia ser uma péssima ideia e ao simplesmente bater o olho naquilo, a ninja mais velha teve certeza que Kira foi imprudente o suficiente para entrar naquela escuridão sufocante.
Nala havia se recusado a descer as escadas, a tigresa simplesmente rodeava o lugar com um pressentimento ruim e resmungava para a dona que acabou ficando com ela do lado de fora daquele mausoléu.
Um nome bem específico martelava a cabeça de Tsukino a cada ornamento de serpentes que ela via cravado nas paredes daquele corredor que Shoto iluminava com uma pequena esfera de fogo em sua mão.
Arisa e Kira haviam encontrado sem querer um esconderijo abandonado, coisa que os próprios ANBU de Konoha jamais conseguiram desde que Orochimaru desertou aquela vila para trabalhar em seus laboratórios ilegais espalhados pelo continente.
Seria engraçado se não fosse preocupante.
Tsukino não parava de se perguntar o que diabos passava pela cabeça daqueles dois patetas para acharem que invadir um lugar desse era uma boa ideia mas mesmo assim tentava se manter positiva, tentava imaginar que ambos estavam vivos apenas explorando o lugar em vez de se meter em algum perigo mortal num maldito ninho de cobras.
