Chapter 16

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Vancouver, 11 de setembro, 11:42 p

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Vancouver, 11 de setembro, 11:42 p.m

Acordo horas depois e, de olhos fechados, digo para Any:

-Uau, você me deixou exausto.

Sem resposta. Quando abro os olhos, vejo que ela não está ali. Oi? Quem vai embora depois de uma transa daquelas? Como ela foi embora depois de me deixar louco daquele jeito? Por que ela não ficou mais algumas horas depois de termos partilhado um dos momentos mais íntimos entre duas pessoas?

Inconformado e um pouco frustrado, decido ligar para ela e ver o que aconteceu, tento me convencer de que ela pode ter tido alguma emergência ou que simplesmente tenha ficado com vergonha de ficar lá comigo, talvez timidez ou algo assim.

-Noah?- Ela diz ao atender no segundo toque.

-O que aconteceu? Onde você está?

-Na última porta no final do corredor. Venha até aqui, tenho algo para te mostrar.

-O que? Você está em casa?- Estou confuso, também, acabei de acordar, ela não espera que eu pense claramente, não é?

-Venha e descubra.

Any desliga o telefone e eu me dirijo ao seu ex quarto. Vejo-a arrumando uma prateleira do armário.

-Oi, dorminhoco.- Diz e me dá um beijo na bochecha (?)

-Você não foi embora.-Digo com certa surpresa.

-Pelo contrário, eu voltei.- Quando ela diz isso, eu reparo nas paredes e vejo que ela as encheu de fotos, tem suas amigas da lanchonete, fotos sozinha, fotos de uma praia que eu nunca vi, fotos do Krys e…nenhuma foto comigo. Deve ser porque nunca tiramos fotos juntos.

-Você decorou as paredes. Ficaram lindas, estão a sua cara.

-Já que é pra voltar, eu volto direito.- Diz enquanto dobra uma blusa azul e eu não me contenho em perguntar:

-Por que você decidiu voltar? Eu estou feliz com a sua volta, só não consigo entender, você foi embora daqui com tanta raiva que pensei que nunca voltaria.

-Voltei porque somos amigos. Gosto de morar com você e não quero perder nossa amizade por causa de erros do passado.

-Entendi, bom, seja bem vinda de volta, nesse caso.

-Muito obrigada, colega de casa. Aliás, eu deixei algum dinheiro em cima da mesa, para contribuir com as despesas enquanto eu estiver aqui, acho que é o suficiente.

-Não precisa, sério. Meus pais têm muito dinheiro, o ap é deles, eu realmente não preciso, sério.

-Aceite, Noah, é o mínimo que posso fazer para retribuir tudo o que você tem feito por mim nos últimos tempos.

-Não precisa. Me responda outra pergunta: por que não ficou no quarto comigo pelo resto da noite? E por que me recebeu com um beijo no rosto quando cheguei aqui, depois de tudo o que fizemos?

-Porque fora daquele quarto, somos só amigos. Porque não sou sua namorada para dormir de conchinha com você. O que aconteceu lá foi apenas prazer e fingimento, nada com uma real relação com a realidade.

-Você é bem direta, não é?! Acho que era melhor eu ter acreditado que você foi embora por vergonha.

-Vergonha, eu? Noah, você me viu por inteiro, não tenho do que ter vergonha. E por que você queria que o que aconteceu fosse real?

-Eu…é…não sei. Eu não queria, ok?! Só fiquei um pouco confuso.- Minto na cara dura e percebo que não sei mentir.

Ela se aproxima e toca meu rosto suavemente.

-Noah…Não complique as coisas. Não podemos nos apaixonar. O amor é complicado e, na dose errada, é decepcionante. O sexo é fácil, é simples. Não podemos ultrapassar essa simplicidade.

-Tudo bem, não vai passar disso, eu te garanto.- Não é o que eu quero e muito menos o que eu penso, mas eu gosto tanto dela, que entre tê-la só para mim durante poucas horas, mesmo que seja irreal, é melhor do que não tê-la de jeito nenhum.

-Se quiser, podemos terminar a noite como começamos.- Diz e começa a beijar a curva do meu pescoço.

-É claro que podemos. Vamos fingir.

Ela assente e começa a me beijar ferozmente, eu sento na cama e, sem parar os beijos, coloco ela no meu colo, onde ela rebola com força.

-Estou apaixonado por você.

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Quem tá vivo sempre aparece não é?

Refúgio- NoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora