Chapter 1

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23 de julho de 2019- Los Angeles, Califórnia

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23 de julho de 2019- Los Angeles, Califórnia. 10:00 p.m.

Eu acabei de me formar, eu não acredito, parece um sonho, eu nunca me imaginei chegando onde cheguei, lutei como nunca para ser quem sou, me envolvi com coisas erradas, mas essa é a minha renda, e sem ela eu seria nada.

Estou no ginásio da escola, a música alta abafa qualquer outro som, adolescentes imbecis se beijando, derramando bebidas um nos outros –eu claramente não nasci para ficar no meio dessa gente- as luzes coloridas fazem o lugar ficar psicodélico, espremo meus olhos, forço a vista, começo a procurar Joalin, ela se meteu em algum lugar e eu não faço a mínima ideia de onde seja. Olho para a mesa de bebidas vejo uma silhueta feminina –Joalin- seguro a minha bolsa com força, piso forte e vou até a mesma. Ela sem perceber a minha presença, enche um copo de ponche.

- Quantas vezes eu pedi para não sumir do nada? – Falo irritada.

- Por que você está tão irritada Any? É a nossa formatura – Joalin fala e dá uma golada na sua bebida.

- Porque temos uma entrega de 100 dólares no beco da rua de trás.

- Porra, quem que está comprando 10 gramas de maconha?

- O antigo time de futebol – Pego meu celular dentro da minha bolsa, olhos as mensagens pela barra de notificação – Lamar falou para encontrarmos ele no vestiário agora.

Andamos rapidamente entre o labirinto de pessoas, eu estou nervosa, a rua de trás sempre tem ronda da polícia. Digamos que assim, só digamos, que eles me conhecem, mas nada sério –bom, eu acho-, entramos no vestiário, tinha uma mochila, abri a mesma, dei de cara com uma pilha de roupas e no fundo a encomenda.

- É sério que ele quer que troquemos de roupa? – Joalin indignada.

- Claro que eu quero – Lamar surge entre os armários – Vocês acham que vão fazer a entrega na rua de trás com essas roupas? Está tendo uma ronda lá nesse exato momento, se caso um carro da polícia aparecer vocês vão precisar correr e com esses saltos vocês não vão chegar tão longe – Ele finaliza e eu bufo, algo me diz que hoje as coisas vão sair dos trilhos.

- Ninguém está te obrigando a fazer isso – Lamar falar tentando me consolar, mas foi em vão.

- Eu sei, mas eu preciso disso – Falo e solto todo ar que estava em meus pulmões, relaxo meus ombros, levanto a cabeça e abro um sorriso – Vamos nessa então.

Lamar sai do vestiário, eu e Joalin trocamos de roupa rapidamente, estamos de casaco, legging e tênis, nada muito cheguei, o que é ótimo, passaríamos despercebidas. Joalin pega a mochila e deposita em seu ombro direito, ponho uma mão em suas costas e saímos do ginásio, estamos chegando na rua de trás.

- Qual é a probabilidade de a polícia pegar a gente Any? – Joalin indaga.

- Pequenas, somos boas nisso – Na verdade eu estou bem insegura, mas não quero assusta-la.

- Chegamos – Falo.

- Cadê aqueles filhos da puta? – Joalin fala, claramente preocupada.

- Estamos aqui – Forço a vista e vejo 2 meninos no meio do beco, andamos até eles.

- O dinheiro primeiro – Joalin fala e estende a mão.

- Primeiro a maconha – O garoto de cabelos grisalhos fala e eu me irrito.

- Olha aqui seu merdinha, estamos sem tempo, ou você dá o nosso dinheiro ou te damos uma coça aqui e de bônus ainda pegamos a merda do seu dinheiro. Então para o seu próprio bem, a grana – Estendo a mão, o garoto de cabelos raspados me entrega o dinheiro, conto.

- Certo, entrega para eles Joalin – Ela enfia a mão na mochila e pega as substâncias. Damos as costas e aceleremos o máximo que podemos.

- Você mandou bem Any.

- Eu só fiz o certo, esses garotos idiotas acham que só porque somos meninas não temos pulso firme, pelo amor de Deus, estamos em pleno século XXI – Quanto eu ia abrir a boca para falar mais alguma coisa, o som da sirene da polícia se tornou emitente, Joalin me olhou com os olhos arregalados, o desespero em seus olhos me fez derreter, ela é boa demais para estar no meio disso tudo.

- Corre – Grito e corremos, mas o carro da polícia está na nossa cola, entramos em um beco que dava direto na a rua 8, os policias saíram do carro, um deles consegue me pegar –porque eu quis, Joalin tem família, ela não pode ser pega, ela tem um futuro brilhante diferente do meu-, olho para a minha amiga, ela estava no fim do beco, parada, me olhando.

- Corre Joalin, eu vou ficar bem – Grito com toda a força que eu tenho, vejo a mesma sumir entre as casas da outra rua.

- Sua amiguinha conseguiu fugir, mas você não Elly, você não está cansada disso? – Pergunta Joseph, ele é um filho da puta, sempre está colado no meu pé – Encosta na parede, vou te revistar – Ele fala curto e grosso. Joseph começa a apalpar a minha perna, não encosta em nenhum momento na minha bunda, o que torna a situação menos constrangedora, quando chega na minha cintura, ele aperta com mais força – Você está com uma pochete na cintura, pode retira-la- Ele fala e assim faço – Vamos ver o que temos aqui – Debochado – Celular, identidade e 100 dólares. Sua vida financeira anda bem movimentada não é mesmo Elly?

-Para de me chamar assim, não temos intimidade – Falo já irritada, se eu pudesse eu pularia no pescoço dele nesse exato momento, esse homem é um filho da puta de carteirinha.

- Olha Elly, eu sinceramente cansei, você faz os seus programas? Tudo bem, você pode dar para quem você quiser – Ele cismou que eu faço programa, mas isso definitivamente não é a minha praia- mas drogas Elly? De novo? Essa não é a primeira vez que te pego fazendo essas coisas, mas eu te garanto que vai ser a última. Entra no carro, vamos para a delegacia- Apenas entro no carro, ele não precisa me ver com drogas para saber que eu estava com elas, o meu silencio já diz tudo. Fomos até a delegacia, Marco entrou e eu fiquei no carro, olho para o painel, o relógio marca 11:37 p.m., minha visão embaça, meu corpo pesa, tudo fica escuro.

24 de julho de 2019- Los Angeles, Califórnia. 01:00 a.m.

Acordo e olho ao meu redor, eu estou em um avião? PUTA QUE PARIU, eu estou em avião, olho para as minhas mãos e as mesmas estão com algemas, tinha uma menina dormindo do meu, pouca me importa, cutuco ela, a mesma abre os olhos.

-Para aonde estamos indo? – Pergunto.

-Para um reformatório em Vancouver.

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Finalmente saiu o primeiro capítulo, eu espero que vocês gostem❤

Refúgio- NoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora