Chapter 21

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Vancouver, 19 de setembro, 3:40 a

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Vancouver, 19 de setembro, 3:40 a.m

Chego em casa com a garota que nem sei o nome e começo a beijá-la na sala. Tento colocar certo desejo no beijo mas até uma progressiva capilar teria mais química que isso. A garota parece até experiente, mas ela não sabe o que fazer com essa experiência toda. Ela não me toca com a voracidade que eu gostaria. Não me beija com a intensidade que eu gostaria e nem me deseja com a urgência que eu gostaria. Começo a pensar se é porque ela não é quem eu gostaria. Mas sou disperso desses pensamentos com ela estalando os dedos na minha frente.

-Onde é o quarto?

-O quarto? É…nós…hmm…não vamos para lá.

-Por que?

-É que…essa casa é dos meus avós e um quarto é deles e o outro é da minha prima de 5 anos, eu durmo na sala. -Quando percebo a história que acabei de inventar, fico mentalmente de boca aberta.

-Você quer me dizer que tem dois idosos e uma criança dormindo na casa onde você me trouxe pra transar? Po, cara, pagasse um motel, né.

-Não, não, eles foram a uma excursão, não estão em casa, eu também não sou nenhum louco.

-Ah, menos mal. Bom, vamos logo com isso.

E ela volta a me beijar e começa a se despir. Não sinto nada. Absolutamente nada. Meu “amigo" não esboça nenhuma relação diante da garota nua de corpo escultural na minha frente. De qualquer jeito, tiro a roupa e volto a beijá-la e tocá-la, porém sinto como se fosse errado. Mas logo me vem a cena de Any se agarrando com aquela loira no banheiro e, movido pela raiva, tento dar o meu melhor na cama para a garota a minha frente. Beijo, chupo, mas não adianta, estou travado, não sinto desejo e meu corpo exibe isso. Pior, ela percebe.

-Eu acho melhor eu ir embora.- Diz.

-Não, fica. É que estou nervoso.

-Você é virgem?

-Não, é que terminei um relacionamento a pouco tempo e…

-Tudo bem, eu faço essa boa ação.- Deus! Como ela é grossa e como eu minto descaradamente.

Enfim, tentamos continuar e eu vejo a foto da Any colada na geladeira. É instantâneo, meu corpo se enrijece por inteiro e eu ardo de desejo. Fecho os olhos e finjo que a desconhecida que me enche de beijos é a minha Any.

E, pensando na mulher que me faz arder de tesão, faço varias estocadas profundas contra a mulher que está comigo. Ela geme e pede mais, puxa meu cabelo, arranha minhas costas e demonstra um enorme desejo. Não sinto o mesmo, mas ajo como sentisse enquanto só consigo pensar naqueles olhos escuros como a noite, naquela pele chocolate e naquela boca que me leva ao delírio. E, de alguma forma, meu teatro é bom e a garota acredita que estou realmente a desejando loucamente. Porém, quando ela chega ao clímax, eu brocho. Não sei o que acontece mas algo me desanima e não consigo chegar lá.

-Bom, foi ótimo para mim, talvez não muito para você. -Diz, levemente desapontada porém satisfeita.

-Foi bom para mim, juro. -Digo parecendo uma criança da sexta série.

Ela se veste e, antes de ir embora, diz:

-Sugiro que procure sua ex, ela certamente ainda mexe contigo. -E sai batendo a porta.

Percebo que o conselho da desconhecida faz sentido, mesmo eu tendo mentido sobre a tal ex, ele se aplica perfeitamente a minha Any. Desolado com tudo o que aconteceu, pego o uísque que guardo há anos- porque não sou de beber assim- e afogo minhas mágoas nele. Preciso contar para Any que gosto dela além do fingimento. Que gosto de verdade e a desejo loucamente. Vou fazer isso assim que ela chegar, está decidido.

8:35 a.m

-Noah? Ah, meu Deus, o que houve contigo?

Acordo com a voz desesperada de Any e percebo que dormi embriagado no sofá, minha cabeça dói e a claridade arde meus olhos. Porém, apesar dos pesares, vejo que não dá mais para esperar.

-Any, eu estou completamente apaixonado por você.

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e agora, oq será desses dois?


Refúgio- NoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora