Só é fácil lidar com mudanças quando elas são boas, não é?
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A campaninha da casa número quatro da Rua dos Alfeneiros tocou pela terceira vez.
— Mas o que... — Petúnia Dursley resmungou, abrindo a porta novamente, mas desta vez com uma expressão impaciente. Não havia ninguém do lado de fora. De novo. — Ah, francamente!
A mulher trancou a fechadura e espiou o lado de fora pela janela em cima da pia. Seu coração estava acelerado. Válter ainda não havia chegado do trabalho. Duda tinha ido passar o dia na casa de um dos amiguinhos, o que não era uma surpresa, popular como seu filhinho adorável era. Petúnia respirou fundo e alisou o avental cor-de-rosa com as duas mãos, tentando se acalmar.
A campainha tocou novamente.
E de novo.
E de novo.
Petúnia espiou pela janela, mas ainda não havia ninguém.
A campainha tocou mais uma vez.
Ela andou a passos apressados até a porta da frente e abriu-a com as mãos trêmulas. Um vento frio bateu contra o seu rosto, fazendo-a cruzar os braços enquanto andava para fora, a fim de pegar qualquer trombadinha que estivesse pensando em fazê-la de boba. Quando conlcuiu que a rua estava vazia, correu de volta para dentro e fechou a porta o mais rápido que conseguiu, trancando a fechadura pela que deveria ser a vigésima vez naquele dia. Então encostou a orelha na porta, esperando ouvir os passos quando viessem apertar a campainha novamente. Ela iria pegar quem quer que fosse.
— Quem você está esperando? — Uma voz grave a fez dar um grito de susto bater o corpo num baque surdo contra a madeira.
George King estava parado do lado de dentro da casa, observando-a com tranquilidade.
— C-como você entrou? — A mulher gaguejou, espremendo-se contra a porta com o intuito de aumentar a distância entre ela e aquele... bruxo estranho.
— A porta estava aberta. — George respondeu, sorrindo.
— O garoto está lá em cima. — Petúnia disse com aspereza. Parecia ligeiramente desesperada.
George King sempre se impressionava com o quão realista Olívia havia sido ao descrever Petúnia Durlsey quase dois anos atrás; porque, sempre que encontrava a mulher trouxa, George conseguia imaginar perfeitamente a cena de ela esticando o pescoço de girafa pela janela da cozinha e apurando os ouvidos para escutar qualquer fofoca irresistível que estivesse a seu alcance.
— Boa noite para você também, Petúnia. — A voz soou formal quando ele baixou educadamente a cabeça em cumprimento. A mulher estava com uma careta de desgosto. — Também é um prazer enorme te ver.
Petúnia torceu o rosto numa careta. Para ela, não era prazer nenhum vê-lo, isso ficava claro a cada visita.
— Aquele... Lupin disse que você só viria amanhã. — Ela engoliu em seco.
— Qual o problema de eu ter decidido vir mais cedo? — George perguntou num tom cortante. — Alguma coisa que você não quer que eu saiba?
— É claro que não! — Petúnia exclamou, parecendo ofendida.
Ela não deveria, considerando que estava claro para ele e para todos os membros da ordem o quão detestáveis os Dursley eram. E, por mais que os conhecesse há pouco tempo, George simplesmente os odiava. Odiava que Harry vivesse ali. Odiava que o sangue de Olívia não tivesse a proteção de Lílian Potter, e que Dumbledore tivesse selado essa proteção ao sangue de Petúnia Dursley antes de saber que Olívia estava viva. Antes de pensar em uma alternativa... qualquer alternativa que fizesse a proteção correr pelas veias da garota também. Odiava como o Universo parecia conspirar para que tudo ao redor da família Potter desse errado.
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OLÍVIA POTTER [5]
Fanfic▻ Depois de um verão tenso, marcado pela cicatrizes do retorno de Lord Voldemort, Olívia Lílian Potter se prepara para o seu quinto ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, onde ela será testada em um nível muito além do acadêmico, colocando à...