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Mariana estava em seu quarto, deitada debaixo das cobertas sem conseguir dormir, mesmo seu corpo estando dolorido por ter andado o dia inteiro pela ilha e com a pele ardendo um pouco pelo sol forte, não conseguia dormir.

— Que droga!

Resmungou puxando ainda mais a coberta para cima de si. A verdade é estava muito curiosa para saber sobre o encontro do pai. Não se lembrava de ter ficado tão ansiosa para saber o resultado de um encontro do pai, costumava ficar bastante encimada quando ele percebia que ele ia sair com alguma mulher, mas Dulce não era qualquer uma.

Nunca viu os olhos de Christopher brilharem tanto como quando olhava para ela. O jeito que sorria, que falava com ela... Nunca viu seu pai apaixonado antes e estava bastante empolgada para que os dois ficassem juntos. Porque era nítido que Dulce sentia o mesmo por seu pai.

Mariana ouviu o barulho da porta do apartamento e suspirou aliviada. Seu pai havia chegado, o que significava que poderia saber tudo o que aconteceu e finalmente conseguiria dormir. Decidiu dar alguns minutos para que ele tomasse um banho, então correria até o quarto dele, pularia em sua cama e imploraria para que lhe contasse cada detalhe. Começou a contar os minutos mentalmente enquanto mordia a unha do dedão e quando acreditou que já tinha passado tempo suficiente, afastou a coberta para o lado, se levantou e seguiu em direção ao quarto do pai.

Assim que Mariana se aproximou da porta, ouviu a voz do pai e estranhou. Será que estaria em alguma ligação? Será que teria acontecido algo para ligarem para ele àquela hora? Tocou a maçaneta com a preocupação crescendo em seu peito ao pensar nos avós e que algo de ruim pudesse ter acontecido, mas antes que virasse a maçaneta, ouviu gemido e uma voz feminina conhecida.

Mariana arregalou os olhos e voltou para seu quarto quase correndo.

— Ai meu Deus! Eles estão transando e eu quase me traumatizei para o resto da vida.

Mariana voltou a se deitar, mas ainda não conseguia dormir e saber que seu pai e Dulce estava no quarto, não a ajudava em nada. Talvez pudesse andar um pouco pelo resort... Gostando da ideia que teve, trocou de roupa, enfiou o celular no bolso e saiu do apartamento.

Quando a praça que ficava no meio da vila, suspirou entediada. Pensou em caminhar um pouco, mas não queria fazer isso sozinha e sabia que Peter não poderia sair, já que estava cuidando de Matheus. Sentou-se em um banco e encarou a tela do celular, eram meia-noite, será que ele ainda estaria acordado?

Lali? Aconteceu algo? — perguntou sonolento.

— Desculpe ter te acordado...

Não tem problema. Você está bem?

— Sim... Saí para caminhar um pouco e fiquei entediada por estar sozinha...

Saiu para caminhar a essa hora? Tem certeza de que não aconteceu nada?

Mariana coçou a garganta, não queria contar para ele o que ouviu.

— Tenho...

Eu não posso sair por causa do Matheus, mas vem para cá.

— Tem certeza?

Sim. Vou te esperar na porta.

Mariana encerrou a ligação após concordar e retornou ao prédio em que estava hospedada, seguindo diretamente para o apartamento dele. Quando saiu do elevador, viu Peter escorado a porta, usava apenas uma bermuda, tinha o cabelo despenteado e um semblante sonolento. Assim que se aproximou, o menino a abraçou pelos ombros, puxando-a de encontro a seu corpo e apertando-a ali. Mariana sorriu, abraçando-o pela cintura e deitando a cabeça em seu ombro

Far Away ღOnde histórias criam vida. Descubra agora