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— Lali, nós temos um problema — disse assustado.

Mariana o olhou confusa e puxou o lençol por cima do corpo.

— O que foi?

— A camisinha estourou... — ela arregalou.

— O quê? — gritou apavorada — Meu pai vai me matar, Peter!

— Calma, pequena! Nós vamos dar um jeito nisso, certo? Mas fica calma, eu vou ligar para saber onde posso comprar a pílula do dia seguinte.

Mariana assentiu com os olhos marejados e o observou se vestir rapidamente. Quando o viu sair se concentrar no telefone, ela levantou timidamente e vestiu sua roupa, estava com as mãos trêmulas, já imaginado a reação do pai ao descobrir o que ela fez.

Ela voltou a sentar-se na cama e puxou os joelhos para cima, abraçando-os. Tinha vontade de chorar, nunca imaginou que isso aconteceria justamente em sua primeira vez. A ansiedade já se fazia presente e ela tentava respirar fundo, para que sua asma não atacasse também.

— Eles não disponibilizam esse medicamento aqui no hotel — Peter disse, sentando-se ao lado dela, que o olhou assustada — É preciso ter dezoito anos para comprar o remédio aqui Jamaica.

— Não me diga o que estou pensando, por favor... — suplicou, as lágrimas já escorrendo por nosso rosto.

— Vamos precisar contar aos nossos pais o que aconteceu.

— Meu pai vai me matar, Peter.

Mariana começou a chorar compulsivamente e Peter a abraçou com força. Também estava assustado com tudo, mas pelo menos tinha a certeza que sua mãe o apoiaria em tudo e o ajudaria, Marian estava com medo da reação que Christopher teria.

— Podemos contar só a minha mãe, ela não vai brigar, vai nos ajudar...

— Ela não vai esconder isso do meu pai... Estou perdida, Pitt...

— Não está não — segurou o rosto dela e a fez encará-lo — Eu estou com você, independente de qualquer coisa.

Mariana esquivou-se das mãos dele ao sentir a garganta arder. Seu coração apertou e o tentou respirar fundo, mas o ar parecia não chegar aos seus pulmões.

— Não estou... Conseguindo respirar...

— Como assim, Lali? Calma, respira fundo.

— Minha bombinha...

Peter arregalou os olhos. Lembrou-se que ela sempre andava com a bombinha próxima e correu para a sala, procurando a mochila dela e começando a procurar o objeto, mas não a achava em lugar algum. Mariana sentia cada vez mais dificuldade em respirar e, tremendo, ele ligou para a mãe em busca de ajuda.

# # # # # #

Dulce mordeu o lábio inferior quando viu Christopher sair da piscina. A água escorrendo por seu corpo coberto apenas por uma sunga preta, a deixou excitada. Apertou o corpo em sua mão, querendo conter a vontade de pular em cima dele.

— Dulce, estou falando com você! — ela desviou o olhar para Paul, que decidiu permanecer com o grupo para ficar com os filhos, coisa que ela não pôde impedir, mesmo querendo-o longe.

— Oi?

— Pensei em sair com Matheus, você quer vir?

Já era início da noite e seu filho estava tão exausto que dormia na espreguiçadeira ao lado, abraçado a Anahí. O menino tinha se apegado subitamente com a loira nos últimos dias.

— Ele está exausto, Paul. Deixe-o dormir e... — Dulce desviou a atenção par ao celular que tocava e atendeu rapidamente ao ver o nome de Peter — Oi, filho?

Far Away ღOnde histórias criam vida. Descubra agora