S/N McCall

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Acabei de entrar na delegacia e vou até a moça que está na recepção.

- Oi, sabe me dizer se o Rafael está?

- Ele saiu faz uma meia hora.

- Eu sou filha dele, posso esperar na sala dele?

- Não posso deixar que entre lá sem ter certeza de que você é mesmo filha dele. - afirmo desapontada com a resposta.

- Ela pode esperar lá. - fala o xerife.

- Obrigada. - digo e vou até o mesmo e o abraço.

- De nada querida.

Vou até a sala do meu pai, entro na mesma fechando a porta em seguida e vejo vários papéis em cima de sua mesa.

Sei que não devia ler mas estou um pouco curiosa, além do mais ninguém precisa saber que eu li.

Começo a ler um caso sobre uma mulher que roubou uma loja de roupas do shopping, depois sobre um homem que ameaçou a ex-mulher e depois sobre um caso onde 3 homens que fizeram alguns reféns em uma joalheria.

UM TEMPO DEPOIS:

Começo a mexer nas gavetas do meu pai e percebo que uma tem tranca, sei que não deveria fazer isso mas pego um clipe de papel que estava em cima da mesa e uso para tentar abrir a gaveta.

- Yes! - digo animada por ter conseguido.

Tem uma pasta na cor de vinho dentro da gaveta, abro a mesma e vejo uma foto da minha mãe.

Não entendi.

Começo a ler, em pensamento, a primeira folha do relatório.

"Alice Robbie; 36 anos; mãe solteira; empresária; tinha uma boa qualidade de vida."

"Há 3 anos descobrimos que Robbie estava fazendo negócios com uma das maiores máfias de NY; a MSR localizada no Queens. Seu sumiço se deu provavelmente por conta de um mal negócio."

- O que? - digo em um sussurro totalmente surpresa com o que acabei de ler.

"Como ela não tem aparecido para a civilização nos últimos anos, concluímos que a mesma está possívelmente morta ou em um cativeiro, sobre o comando da MSR."

"Sua filha está te esperando na sua sala senhor."  - escuto a policial da recepção falar.

"Obrigado, já vou até lá, só vou deixar esse documentos com o xerife antes." - responde meu pai.

Guardo tudo o mais rápido que eu posso para que ele não veja que mexi em suas coisas, incluindo a pasta da minha mãe.

Limpo algumas lágrimas solitárias que caiam pelo meu rosto e saio da sala o mais rápido possível.

Passo pela recepção mas meu pai me chama saindo da sala do xerife, junto do mesmo.

- Filha? Já está indo embora, Noah me disse que você veio me fazer uma visita.

- E eu vim mas acho melhor eu ir pra casa da Melissa agora. - me viro para sair mas o mesmo vem até mim.

- O que houve? Achei que queria falar comigo. - fala parando na minha frente.

- Não quero mais, perdi a vontade. - saio de lá o mais rápido possível e vou pra casa.

HORAS MAIS TARDE:

Pensei muito em tudo o que eu li naquele relatório, procurei sobre a tal MSR na internet mas só aparecia notícias de traficantes presos.

A minha mãe pode estar viva...eu sei que é só uma possibilidade mas eu já estou colocando muita expectativa nisso.