Capítulo 36

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Toni Topaz

A lancha para em um lugar de água extremamente cristalina. Meu pai e Jughead já pularam na água e agora se divertem com pulos malucos.

Estou na parte do bar, pegando algumas bebidas e uns espetinhos. Pego dois copos, um com vódka e outro com gin. Entrego o de gin a Cheryl e sento ao seu lado na ponta da lancha.

- Se eu cair de bêbada hoje, quero que cuide de mim, ouviu?- olho séria para a ruiva.

- Pode deixar. Vou te deixar nessa lancha e ficar com a cama inteira só para mim.

- Isso é vacilo.

Viro o copo de vódka de uma vez, fazendo uma careta, já que esse líquido ardente desce rápido pela minha garganta.

Estamos todas um pouco já "felizes", se é que me entendem. Puxo Cheryl pela mão, a fazendo levantar confusa e pulo com tudo na água, puxando a ruiva comigo.

- Cacete! Essa água está congelando!

- Bem mais que a que jogou em mim.

Nadamos e mergulhamos bastante, Betty e Verônica logo se juntaram a nós.

Já está na hora de almoço, então as pessoas do mini restaurante prepararam um Rihaakuru, que é basicamente um patê de atum com crepe ou torrada.

Nos servimos e começamos a comer, a água me dá o dobro de fome que o normal. Pós almoço, deito na parte de cima da lancha, um lugar que serve para admirar a passagem. Estendo uma tanga que Cheryl trouxe na mochila e deito ali mesmo. Acho que irei tirar um cochilo daqueles.

- Posso deitar aqui com você?- Cheryl surge na escada, sem subir totalmente.

- Claro, babe.

Ela deita ao meu lado e ficamos de conchinha. Aqui não é muito confortável, mas dá para dormir numa boa.

- Posso te perguntar uma coisa?

- Pode...

Odeio essas palavras, sempre me dão um frio na barriga absurdo. Ela se vira, ficando cara a cara comigo, com aquele olhar extremamente penetrante, que agora está mais brilhante.

Normalmente, o olho de Cheryl é castanho, mas por conta do sol, está quase verde, o que a deixa ainda mais atraente.

- Não surta, mas... O que acha de morar comigo? No meu apartamento.

Me choca bastante essa pergunta, então penso por alguns minutos.

- Acha que o Jughead está mentalmente estável?

- Como psicóloga, acho que ele está se saindo muito bem e pode melhorar ainda mais. Como a sua namorada e cunhada dele, acho que ele está muito bem.

- Então esse é um grande e alto sim. Vamos morar juntas oficialmente.

- A sua resposta me deixa extremamente satisfeita.

Ela coloca uma das mãos no meu rosto e a outra para se apoiar, me beijando. Intensifico o beijo, colocando as minhas mãos na sua cintura e descendo uma para a sua bunda, apertando um pouco.

Ela senta no meu colo e me sento também, para ficarmos mais confortáveis. Ela desce as mãos para o meu pescoço, então as duas mãos para a sua bunda. Estou explorando todos os lugares da boca da ruiva e ela faz o mesmo comigo.

- Porque vocês não se comem logo?

Verônica nos interrompe, fazendo-me soltar Cheryl e me jogar para trás, apoiando os cotovelos onde estávamos sentadas. A ruiva continua sentada no meu colo, mas agora está com as mãos soltas.

- Você não tem o que fazer mesmo, não é?- falo indignada.

- Não, mas preciso da Cher por uns minutos. Prometo devolvê-la rápido, Tonizinha.

Ela puxa a mão de Cheryl, fazendo-a levantar rápido. A ruiva me encara e limpa o canto da boca com o dedo. Respiro fundo e deito de novo.

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