XVII

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Eu não acredito que você volta pra cidade e nem me avisa, Luke Miller

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Eu não acredito que você volta pra cidade e nem me avisa, Luke Miller. 14:24

Esse é o valor que você dá a nossa amizade?
14:24

Sou metralhado por mensagens assim que pego meu celular, que vibrava insistentemente em meu bolso.

Não era necessário nem ao menos ler o nome salvo em minha agenda, pra saber quem era o dramático que me perturbava. Enquanto eu passeava pelo parque de diversões, com um dos braços em volta dos ombros da minha garota, começo a olhar em minha volta a fim de encontrar a figura do meu melhor amigo.

Dylan Wilson.

Uma de suas sobrancelhas estava arqueada, e seus lábios faziam um biquinho e balançavam de uma lado para o outro em sinal de negação. Vejo quando seus dedos começam a digitar algo em seu celular, e consequentemente o meu aparelho eletrônico vibra em minha mão.

Quem é a garota loira? Mal saiu daqui e já tá me traindo, Miller? 14:30

Olha, sinceramente...Em todos nossos anos de amizade, jamais imaginei que faria tal coisa. 14:30

Balanço a cabeça em negação e solto uma risada nasalada enquanto leio suas mensagens dramáticas, e acabo por chamar a atenção da garota ao meu lado.

— Que foi? — Pergunta ao me olhar.

— Quero que conheça alguém. — Digo e ela franze as sobrancelhas, porém balança a cabeça em concordância.

Depois do episódio do hospital, eu tenho evitado ao máximo tocar no assunto. Eu realmente iria lhe dizer a verdade, no entanto o medo me atingiu em cheio e me fez pensar se valeria a pena.

Claramente, ela merece a verdade, porém eu me sinto tão conectado com a garota Robins, que não acredito que valha a pena arriscar o que estamos conquistando.

Não quero a perder.

Eu lhe diria a verdade, quando chegasse a hora, ela saberia de tudo. Mas, não agora. Por mais que por alguns instantes a possibilidade de lhe dizer tudo me atingiu, eu não sei se estaria pronto pra o que viria depois.

Ando em direção ao meu melhor amigo, e desvio o olhar apenas uma vez para olhar a garota ao meu lado que se encontra perdida.

— Lembrou que tem amigo, Miller? — Diz assim que eu chego, e cruza os braços.

— Você sabe que não sai da minha cabeça, Scott. — Lhe ofereço um sorriso. — Também tava com saudade. — Confesso e ele apenas murmura um "Aham", mas logo desfaz a carranca e me puxa para um abraço.

Seu Coração Me Pertence (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora