XVI

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Sem querer me gabar, meu sexto sentido sempre foi muito bem apurado

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Sem querer me gabar, meu sexto sentido sempre foi muito bem apurado.

Atributo que eu dei a mim mesma quando comecei a perceber que antes de algo trágico acontecer, eu sentia um comichão de coisas inexplicáveis.

Era como se eu prevesse o caos.

Então, devido a essa incrível qualidade, durante todo nosso trajeto até Nova York, meu cérebro foi fervilhando de pensamentos e motivos, pelo silêncio perturbador de Luke Miller.

Meu sexto sentindo dizia que algo estava errado. Eu só precisava descobrir o que era.

No total foram cinco horas de viagem, ouvimos musicas, conversamos e de repente um silêncio. Eu poderia escutar as engrenagens de seu cérebro funcionando, e aquilo estava me perturbando.

Não era costume de Miller ficar quieto, o garoto loiro sem tem uma piadinha na ponta da língua. Eu já o conhecia o suficiente pra saber que algo o incomodava.

— Chegamos. — Sou despertada dos meus pensamentos ao ouvir Miller me chamar.

Nos levantamos de nossos assentos e seguimos para fora do metrô. Andamos um pouco até achar a saída da estação.

Eu estava impressionada com a imensidão da cidade. Os prédios eram gigantescos, havia uma legião de pessoas passando de um lado pra o outro como se já estivessem acostumadas com o turbilhão de carros buzinando em busca de uma passagem mais ágil.

Eu estava completamente encantada.

Para alguém que sempre viveu no interior, a ideia de estar em uma cidade grande era completamente incrível. Eu parecia uma criança olhando tudo com tanta admiração.

A cidade que nunca dorme, de fato sempre ficaria marcada em minha memória.

Volto meus olhos para Luke que me encara com um leve sorriso.

— Gostou? — Me pergunta.

— Claro que eu gostei. — Digo o óbvio e ele sorri ainda mais. — É incrível, Luke. Obrigada por me convidar.

— Não precisa agradecer, loirinha. Tô feliz que esteja aqui. — Diz e entrelaça nossos dedos.

Confesso que a primeira vez que ele cometeu aquele ato, fiquei surpresa. Mas agora, me parecia tão certo, como se nossas mãos nunca devessem ficar distantes.

Eu amava as sensações que Luke me proporcionava.

Eu amava as sensações que Luke me proporcionava

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Seu Coração Me Pertence (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora