XI

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Tédio;

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Tédio;

O estado de sentir falta de interesse pelo ambiente ao redor, não ter nada para fazer ou sentir que a vida é monótona.

Este simples parágrafo, é um ótima definição para o que sinto agora. Já passa da meia-noite, e eu ainda estou nessa incrível e muito divertida festa. Me perdi da minha melhor amiga assim que cheguei. Nem questionei a possibilidade de ir procura-la, já que um tempo depois encontrei um sofá ótimo para sentar e não levantar mais.

Eu me conheço o sufíente pra saber que em qualquer lugar que eu vá, não vou conseguir interagir com muitas pessoas. Por isso, meu celular tem vários joguinhos que não precisam do uso de internet.

E é isso que eu estou fazendo agora.

No auge do ensino médio, na possível melhor festa do ano, eu estou sentada em um sofá - bem confortável diga-se de passagem - jogando joguinho.

Se existir um nível de anti-socialismo, eu acabo de ultrapassa-lo.

— Sthefanny. — Jacob me cumprimenta ao se sentar do meu lado. Isso com certeza é inusitado.

— Jacob. — O respondo da mesma forma.

— Parece que nos dois fomos abandonados pelos nossos amigos. — Observa, ele parece meio embriagado.

— Pra falar a verdade, eu não queria nem vir. — Sou sincera.

— Aparentemente, a vida não é uma fábrica de realização de desejos. — Ele é o típico bêbado, que quando ultrapassa a quantidade razoável de bebidas, vira um filósofo.

— A culpa é das estrelas. Você não tem cara de assistir esse gênero de filme.

— Eu não tenho cara de muitas coisas, Sthefanny. — Responde vago. — Trouxa por exemplo, se eu merecesse um título de herói, eu seria o Super-Trouxa. — Repreendo uma risada, ele dizia tão sério, que quem visse de longe poderia imaginar que ele choraria a qualquer momento.

— Por que diz isso?

— Minha ex-namorada voltou. Eu odeio ela, odeio lembrar dos meus sorrisos com ela, odeio como ela me fez chorar, odeio quando ela está por perto, mas odeio lembrar quando ela foi embora. E principalmente, odeio não conseguir odiá-la, nem por um pouco, nem por um instante, eu simplesmente não consigo odiá-la. — Diz com a voz embargada. Qual é de tantas pessoas aqui ele veio logo falar comigo, eu não sei lidar com bêbados apaixonados.

— Se vocês se gostam...Deveriam ficar juntos. — Era pra ser uma solução, mas soou mais com uma pergunta.

— As vezes, Sthefanny. Gostar não é o suficiente para duas pessoas ficarem juntas. — Ele me entrega seu copo de bebida. — Vou pro meu carro, ouvir minha playlist mais triste, e depois colocar pra repetir. — Dito isso ele sai da sala.

Seu Coração Me Pertence (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora