Capítulo 2 Meu destinado

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Meu destinado

Levi*

Esperava minha mãe e irmã. Enquanto ouvia a Beta mais doida e descrilibrada que eu considerava minha amiga de infância Hange zoë. Uma pessoa com personalidade única para minha opinião, ela tinha cabelos castanhos caracolados, olhos da mesma tonalidades castanhas. Ela também vivia com seus avós igual a mim.
Passei minha infância com meus avós pois não suporto meu tio Kenny, que acha que eu tenho que seguir seus passos. Quando ele se mudou para morar junto com meus pais, depois que sua ômega morreu de uma doença que não tinha cura resolvi me mudar. Agora estou voltando para participar do ritual e conhecer o meu ômega como todos falam.
Minha mãe chega. Depois de quase quatro horas, despedimos dos meus avós monto no meu cavalo e dou carona a Hange, pois ela continua a dizer que não vai em um cavalo sozinha de jeito nenhum. Sinto o vento bater contra meu rosto, é neste momento que sinto-me livre.
Algum tempo depois chegamos na aldeia, deixo Hange na casa de seus pais e sigo com minha mãe e irmã para minha casa. Na manhã seguinte escuto minha mãe e meu pai explicando o que vai acontecer no círculo de passagem, até meu tio tenta dizer algo mas esse ignoro por completo. E é assim que passo meu dia, até chegar a hora de irmos para floresta. Já com os outros alfas, fazemos um grupo em volta do alfa líder que nos entregam um colar e diz que aquele objeto fará com que encontramos os nossos ômegas, manda colocarmos no pescoço. Dizendo que podemos entrar dentro da floresta e fazer o nosso melhor. Com isso todos se transforma em lobo e saímos a procura do nosso destinado. Para em frente a uma cachoeira, volto a forma humana e sinto o meu colar perfurar o meu pescoço, cai três gotas de sangue. Antes do colar cair seguro ele e leia uma frase que apareceu:

"Esse colar é a prova que possui meu coração e minha alma ao centro da tuas poderosas mão"

Vejo o artefato mudar de cor para um verde intenso, como se todo o verde da floresta localiza-se em um único ser. Meus olhos mudam junto a ele com a mesma intensidade e brilho, fecho os olhos e vejo imagem de árvore, sinto o vento bater contra meu rosto como se eu estivesse lá naquele exato momento, como se eu tivesse me teletransportado para aquele lugar que se localizava do outro lado da floresta. Agora eu já sabia onde localizar o meu ômega.  Sinto seu cheiro de sangue e percebo que ele está correndo para longe, que está cada vez mas longe de mim. Mais nada me fará seguir o caminho errado pois seu cheiro já está gravado nas minhas narinas e entranhas. Sinto que ele está mais perto de mim e quando chego em frente da árvore da Deusa Nifa, os vagalumes acende e o meu colar brilha. Vejo meu ômega que é um belo lobo com pêlos castanhos. Ele se vira e olha bem nos meus olhos, nunca tinha me sentido assim antes, só com seu olhar o meu corpo tremeu. Sentir meus caninos salivar e meus pêlos se arrepiar, foi tantos sentimentos que nunca senti antes, que apareceu tão de repente me fazendo ficar embriagado em questão de segundos, vejo ele desmaiando e antes que meu ômega caia no chão, corro o mais rápido possível em sua direção e ele cai sobre minhas costas, me transforma em humano de volta e o carrego a procura de um abrigo pois estava começando a chover.

Eren*

Acordei me sentindo tonto, com meu corpo a queimar. Sentir um cheiro forte dominante preenchendo o que parecia uma caverna, luto contra a pálpebra pois só queria fechar em um sono necessitado mas o cheiro de carne assada me desperta e manda o sono para o beleléu. Uma fogueira estava acesa perto de onde eu estava, podia sentir o calor do fogo, e perto dela se encontrava um homem acocado se esquentando enquanto assava a carne que cheirava muito bem para ser sincero, sem precisar olhar para mim ele fala:

___Até que enfim a princesa acordou__percebi o seu tom de deboche mas fiz de tudo para ignorar,  fazendo a pergunta mais idiota para aquele momento.

__Onde estamos?__sei que não era a melhor pergunta a se fazer__quem ... quem é você ?

__Pensei que meu ômega fosse mais inteligente mas pelo visto não, estamos em uma caverna porque eu tive que te carregar até aqui. Lá fora está chovendo nos molhamos um pouco e você acabou com febre.

Meu rosto não podia ficar mais vermelho eu sabia disto mas como sempre tinha que estar errado, para falar a verdade me perguntava o que  tinha feito para Deusa Nifa para ela me odiar assim, pois fiquei tão vermelho em ver aquele homem vindo em minha direção e colocando a mão na minha testa e descendo para o meu pescoço, sentir meu corpo queimar como nunca antes. Mas não era uma sensação ruim pelo contrário era uma sensação de proteção, que fazia eu me sentir seguro e algo a mais que eu não conseguia explicar. Quando ele tirou a mão algo dentro de mim ficou vazio, fez eu me sentir triste eu queria sentir mais o seu toque. O meu corpo queimava no lugares que aquele desconhecido tenha tocado momento antes.

__Qual é o seu nome?__me perguntou enquanto me entregava água para bebê em uma folha__ainda bem que a sua febre passou, está com fome?

___Obrigado__falei sem olhar em seus olhos, podia sentir com minha garganta e lábios estão secos__Eren... Eren Jaeger é o meu nome e o seu nome como é?__falava sem encarar os seus olhos pois tinha algo dentro de mim que dizia que se olhasse uma outra vez não ia conseguir mais parar de olhar

___Levi Ackerman__ao contrário de mim Levi olhava para meu rosto como se quisesse memorizar cada traço da minha feição isso está começando a me deixar tímido e nervoso___porque não olha para mim quando está falando?

___Ackerman então você é o irmão de Mikasa __só queria fugir de sua pergunta, não tinha resposta para o que ele tinha me perguntado. Não ia dizer para aquele alfa que tinha medo do que poderia acontecer quando eu olhasse, tinha medo dos meus olhos o corresponder. Levi se levantou trazendo nas mãos a carne que tinha acabado de preparar.

___Sim

Levi chegava cada vez mais perto do ômega e Eren não conseguia esconder como aquela aproximação o deixava nervoso. O alfa entregou a carne na mão do ômega e sentou ao seu lado, a chuva estava forte e relampiava bastante. Eren tinha acabado de comer e o silêncio se tornava desconfortável para ambos, Levi já não aguentava mais ver Eren encarando outro lugar em vez de olhar para ele, foi então que sem pensar puxou Eren pelo braço e segurou em seu rosto o forçando a encará-lo e o que Eren tinha mais medo aconteceu, o seu olhar mudou do verdeado para o cinzento. Em questão de segundos virou o rosto e rezou para Deusa Nifa, para que Levi não tivesse visto o seu olhar chamar por ele. Foi quando ouviu um som de trovão e o ômega se assustou abraçando o alfa, só se deu conta quando sentiu o calor que o outro possuía. Eren aspirou o cheiro que Levi soltava e se deu conta que o deixava acalmo o fazendo sentir seguro, o embriagando de desejo.

___Ele cheira tão bem __depois desse pensamento Eren se afasta de Levi completamente ruborizado.

Levi não entendeu o motivo de Eren se afastar tão rápido de se, fazendo ele sentir falta do contato.

___O que aconteceu pirralho?

Perguntou olhando para o ômega que estava tão vermelho que parecia que ia explodir, ficou olhando para ele e classificou a cena como fofa. Então veio mais um trovão, Eren novamente se agarrou a Levi como se sua vida dependesse disso. O alfa transmitiu o fenômeno de segurança para o ômega poder se acalmar, o alfa sentiu o cheiro do moreno que era delicioso, um cheiro que ele nunca tinha sentido antes. Eren levantou a cabeça que até então estava no peito de Levi.
O moreno olhou para o alfa e os olhos de ambos responderam um ao outro.  Os dois virão a mesma imagem: "que estava em um campo brincando com uma criança", os olhos de Eren em um cinzento quase azul brilhante e Levi uma esmeralda intenso, o olhar do alfa desce em direção a boca de Eren que nesse momento está passando a língua umedecendo  os lábios, pois estava secos pela febre que estava horas antes. Com desejo de beijar aquele homem que até então estava em seus braços, Levi inclinou seu corpo que estava ansiando pelo do ômega, sem nunca desviar seus olhos da boca do seu belo ômega.

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