twenty five

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Kirsten: Deve ter algo nessa água. De repente todo mundo ficou interessado na minha vida!

(Party of five)

Sina on

Me levanto rapidamente tão depressa que meus olhos escurecem por alguns segundos, e eu sinto uma leve tortura como se eu estivesse prestes a desmaiar. Minha pressão está caindo.

- Sina? O meu deus! Vocês tá bem?- Minha mãe segura meu braço.- Deita... Respire fundo, muita calma.

Faço o que ela pede ainda um pouco confusa, havia acabado de despertar de um pesadelo. Sinto a sensacao que ele já esteve em meus sonhos por muito tempo. Lá estava eu deitada na maca desse mesmo hospital, assistindo todas as pessoas da minha vida sumirem diante de mim.

Ao fim do pesadelo sempre me encontro sozinha. E de repente o horipital começa a desmoronar sobre mim. Então eu acordo.

- Fique aqui eu vou buscar os médicos, e um copo de água pra você. Não faça movimentos bruscos seu corpo ainda está dormente.

A vejo sair pela porta. Olho para o lado com um pouco de dificuldade de mover meu pescoço, meu braço está até roxo. Cheio de perfurações e agulhas engatadas na minha veia. Me sinto tão fraca e a minha pele se encontra mais branca que o normal.

Será que eu morri? E isso é só mais um dos sonhos constantes dos últimos dias?

- Aqui. Lá esta ela.- Saio dos meus devaneios quando mamãe surge na porta acompanhada de algumas enfermeiras e um médico.

- Bom dia senhorita Deinert.- O homem vestido em jaleco branco anuncia.- Como está se sentindo?

- Consfusa e fraca.- Respondendo tentando conter a minha preocupação estampada em meu rosto.

Duas enfermeiras se aproximam e começam a trocar o saquinho de soro no suporte, outra vem medir a minha pressão no braço esquerdo. Aquela agitação toda em volta de mim me dá náuseas.

Sinto que estou em meio a um jogo de quebra- cabeça, a única coisa e lugar que me lembro antes de acordar nesse hospital e estar na Abby Lee, a academia prestes a por o meu plano em prática: conseguir uma vaga para Josh e Heyoon.

Depois disso é como se meu corpo e minha consciência tivessem se perdido no tempo, não faço ideia do porque acordei aqui. O que me levou a parar no hospital e todos parecerem tão preocupados comigo.

- Se a senhorita não se importa eu preciso fazer algumas perguntas.- Assinto com a cabeça sem muita escolha. Mamãe parece incomodada pigarrea atrás do homem.- Algum problema dona Deinert?

- É... Sina estava passando um pouco mal, se não se importa de eu dar a ela- A mulher levanta o copo de água em minha direção. Mamãe...

- Ah... é claro.- O médico lança um sorriso fraco.

Dona Alex passa por ele e me entrega o copo de água. Bebo tudo de uma vez, minha garganta estava seca e pegando fogo a água passou rasgando.

Assim que termino de bebericar, o médico torna a falar segurando uma caderneta parece interessado no que lê. Eu ao contrário estou com medo do futuro interrogatório.

Perguntas sobre a minha vida me apavoram. Eu não sei explicar as coisas, minha mãe sempre falou por mim nas consultas médicas.

- Qual é o seu nome completo?- Isso? Ué mas não era pra tudo estar registrado na minha ficha talvez?

Olho pra minha mãe confusa que apenas balança a cabeça em afirmação.

- Sina. Sina Maria Beauchamp Deinert.- Meus pais foram tão compreensíveis comigo.

- Qual é a sua data de nascimento e local?

- Eu nasci e cresci em Karlsruhe, Alemanha no dia vinte e quatro de agosto de mil novecentos e noventa e oito.- Mamãe parece bastante centrada nas minhas palavras e o médico parece sério.

- Sabe porque está aqui?- Ele passa a olhar em meus olhos atento.

- Não.- Agora minha mãe parece mais aflita.

- Qual foi a última coisa que você lembra de ter feito?

- Eu estava na academia de dança Abby Lee, onde Josh e Heyoon iam competir. Mas houve um empecilho Zoe...- Reviro os olhos.

O homem volta a anotar tudo na caderneta. Obervo Alex me mandando um sinal positivo com os polegares pra cima. Eu não podia estar mais desesperada.

- Doutor a pressão está estável agora. E a temperatura é de 34.5- Uma das enfermeiras relata.

Olho para a porta, tomo um susto em visualizar quem estava diante da janela me observando: meu pai. O que ele estava fazendo aqui? Em Los Angeles? Se antes eu estava preocupada agora estou mais ainda.

Algo muito grave aconteceu para tirar meu pai da Alemanha.

- Pai? O que meu pai tá fazendo aqui?- Todos se viram para a janela.- Deixa ele entrar.

Minha mãe fecha a cara, tentando impedir os médicos explicando que um responsável já basta. Egoísta, se ele está aqui deve me ver provavelmente está a muito tempo me esperando.

Ele se aproxima da cama em passos lentos. Como eu senti sua falta, era tão bom tê-lo por perto.

- Você está bem minha querida?- Ele segura a minha mão e com a outra faz um leve cafuné no meu cabelo. Com certeza não bagunçou mais do que a minha juba deve estar.

- Acho que não. Não sei porque estou aqui e muito menos porque você está.- Ele não responde. Talvez não saiba me explicar.

- Com licença. Será que vocês podem sair por alguns minutos? Eu preciso terminar essas perguntas e depois examinar a paciente.- O médico direciona as palavras a meus pais.

Mamãe resmunga um pouco e quase precisa ser arrastada para deixar a sala de uma vez só,eu pai manda um último beijo no ar e desaparece pelos corredores mamãe sai em seguida.

O medo volta a apoderar do meu corpo mais depressa, agora meus pais não estavam mais aqui. Se posso dizer que meu pai ficou tempo o suficiente nessa sala, agora eles estão lá fora e eu estou aqui diante de médicos e enfermeiras com o intuito de me medicar e vasculhar minha vida.

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