thirty

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Rumpelstiltskin: O futuro é um quebra-cabeça com peças faltantes. Difícil de interpretar e nunca, nunca o que você espera.

(Once upom a time)

Noah on

Dona Yolanda me acompanha até dentro de sua casa, espero alguns minutos por Zoe na sala de estar. Fico imaginando se isso é algum tipo de brincadeira ou pegadinha, até onde eu sei estou noivo da Zoe e quando isso acontece acho que um diálogo é a base de tudo.

A menina surge no topo da escadas acompanhada de uma mala gigante rosé. Me levanto rapidamente.

- Oi Noahzinho.- Ela se aproxima sorridente, desvio da tentativa de um beijo.

- O que é isso?- Aponto para a bagagem.

A garota me encara por alguns segundos.

- Fuja comigo.

- O que?- Dou um passo para trás.

- Fuja comigo agora! Vamos sair dessa cidade, de perto dessas pessoas não há um futuro certo para nós aqui Noah.- A loira segura a minha mão.- Se você me ama, faça isso por nós.

- Mas... E como fica o colégio a vida que temos aqui e...

A garota me interrompe pondo o indicador sobre meus lábios, e delicadamente ela leva a minha mão direita entrelaçada na sua para perto da sua barriga. Levantando o olhar para mim, seus olhos brilhavam contendo lágrimas dançantes sobre sua pele rosada.

- Noah eu estou grávida. O nós é de nós três.- Ela sorri.

Grávida? Como assim grávida?

- Isso é alguma pegadinha?- Rio de nervoso.

- Não Noah.- Ela passa uma mecha de cabelo atrás da orelha.- Fazia algumas semanas que eu estava a passar mal com náuseas e... Mamãe me levou no hospital ontem. Eu tenho a primeira ultrasson aqui só tem três meses que estou a esperar essa criança e olha que nem dava para perceber e nem deu pra ver muita coisa também...

Zoe está grávida! Há três meses? Então eu seria pai? Paro um pouco no tempo como isso aconteceu? Quer dizer eu sei, mas eu não esperava tão cedo e o que me incomoda é que eu nunca imaginei eu e Zoe construindo uma família. Pelo menos não agora nem em um futuro próximo.

Mas agora o filho já estava feito e independente de tudo prometo ama-lo desse segundo até a eternidade.

A loira me entrega um papel meio amassado lá estava a ficha da ultrassom, tão pequeno quase impossível de ver eu não podia acreditar que aquele pequeno ser humano era algo nosso, uma coisinha que vai evoluir e eu vou estar aqui pra isso. Por mais que não tenha sido fruto de um grande amor ainda sim é uma vida.

E eu estava preso a ele.

- E então...- Passo a mão pelo cabelo.- É isso? Você está grávida?- A loira abre um grande sorriso.

- É o que tudo indica... Noah você não imagina o quanto isso me assusta quer dizer nós temos uma vida e tudo está prestes a mudar e...- Puxo a garota para um abraço a fazendo deitar a cabeça no meu peito.- Bem a faculdade vai ter que esperar e o casamento sair o mais depressa possível.

Casamento. Porra eu havia me esquecido desse detalhe.

- O mais depressa possível?- Pergunto me afastando delicadamente do abraço.

- Sim... Mamãe não queria que eu tivesse um filho antes do casamento e como ainda estou no primeiro mês ela planeja que eu case entre no máximo cinco meses... Fique tranquilo eles fizeram uma poupança para mim há um tempo e temos dinheiro suficiente para uma grande e impecável festa.

O problema não é o dinheiro. Eu não planejava me casar tão cedo, o pedido foi um impulso do qual eu me arrependo amargamente e depois de tudo que aconteceu com a Sina eu tinha em mente tentar ajeitar o meu relacionamento com a Zoe, fazer dar certo e tentar ama-la do jeito que ela merece. Casamento era algo que eu iria enrolar em no máximo cinco anos e descobriria se estava disposto a levar uma vida ao seu lado.

Agora tudo sairia forçado. O filho, casamento... Não sei se estou preparado pra isso.

- Eu não sei... Eu vou estar aqui para esse bebê a todo momento ao seu lado... Mas casamento não acha precipitado?

- Mas Noah, não foi você que me fez o pedido? Agora eu tô confusa.

- Fiz.- Droga, olha a merda que eu fui fazer.- Mas não agora nós não temos nem vinte e um anos.

- Noah eu sei disso! Você acha que eu planejava ter um filho agora? Largar a escola? Não! Mas nós vamos casar sim! Eu achei que esse era um desejo nosso poxa.

Eu já nao tenho tanta certeza disso.

- Para onde você planejava ir?- Mudo de assunto.

- São Francisco. Meus pais tem uma casa lá e agora é minha.- Não me surpreende. Zoe sempre teve tudo muito fácil, nunca precisou trabalhar e nunca vai.

- Eu não posso. Se você quer que o seu filho tenha um pai presente e por perto fique aqui. Não posso largar tudo do nada.

- Noah... Você não entende eu não posso ficar aqui!- A voz da garota se altera.- E se você não vai comigo eu vou sozinha.- A loira puxa a alça da mala.

- Qual é o motivo da pressa? O que te leva a sair do estado grávida para morar sozinha em uma casa enorme? Você não sabe nem fazer um miojo como vai se virar só? E a sua mãe... Com certeza ela ia desejar ficar perto da filha nessa época assim como eu!

Ela me encara impaciente, uma gota de suor cai sobre o canto da sua face a fazendo engolir em seco.

- Zoe você está bem?- Ela agarra a bolsa e sai correndo para o carro.- Ei! O que você está fazendo?

- Adeus Noah.- Ela adentra a limousine e alguns homens vestidos de preto me impedem de me aproximar da garota. Qual é? Que loucura é essa? Eu estou em algum filme de fuga policial?

- Me solta.- Empurro um dos seguranças.- Zoe!- Grito a fim de ser escutado. O carro sai cantando pneu me deixando imóvel me deixando igual a um idiota imobilizado.

- Acho melhor se retirar agora.- Um dos caras faz alguns gestos para que eu saia dali.

- Eu já vou indo... Mas não porque vocês querem.- Desvio da agitação me direcionando ao portão. A casa estava sendo esvaziada e eu não encontrei a Dona Yolanda em lugar nenhum. Antes mesmo de atravessar o portão da residência um segurança me cerca.

- É da Dona Yolanda para você.- Ele me entrega um bilhete.

Provavelmente meu querido você deves estar com a Zoe a esse momento indo para São Francisco,
Nossa casa vai ser interditada por uma semana por conta de uma invasão de cupins direito do sótão.

Sai para as compras

Bjs...

Aquilo tudo estava muito estranho, seguranças? Pra que isso? Penso em pegar um carro e ir atrás da Zoe o que seria o correto. Se pelo menos eu soubesse para qual lugar específico de São Francisco essa garota foi. O que me preocupa mais é que ela está com o meu filho e pode estar correndo tanto risco fugindo e sozinha como se não houvesse amanhã.

Pego o celular no bolso com o objetivo de ligar para a garota, assim que coloco o aparelho sobre a orelha um barulho ensurdecedor vindo da outra rua me chama a atenção. Era uma sirene.

E então uma viatura da polícia entra disparada na rua em que eu estava saindo. Observo o carro um pouco confuso, para a minha maior surpresa me surpreendi mais ao descobrir aonde os policias acabaram por descer.

Em frente a casa de Zoe.

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