Capítulo XVIII

53 8 82
                                    

Maia puxou os dois membros do seu time para formarem uma roda, abraçando-os pelos ombros numa pose de conspiração.

- É o seguinte, Tsunami de Fogo...

- O que?

- É o nome de nossa equipe, porque vou queimar a cara de Danilo com uma bolada como uma onda gigante consumindo uma cidade inteira.

- Uau, você não estava mentindo quando disse que despertava o pior em você. - comentou Victor.

- Eu gostei, se é pra fazer algo, que faça direito e com toda a energia possível. - interveio Yasmim.

- Sabia que você seria a escolha perfeita para o meu time, nobre jovem guerreira.

Yasmim sorriu e voltou à atenção para Maia, que quase soltava faísca de seus olhos determinados.

- Tsunami de Fogo será... qual é o plano, comandante? Estou aos seus serviços.

- Muito bem, Vito. Primeira coisa, o Danilo é meu. Nem ousem tentar acertá-lo, sei que não é a decisão mais sábia para nos levar à vitória, mas minha honra depende disso.

- Por mim, tudo bem, Maia. Não sei se poderia ajudar muito, de qualquer forma. - disse Yasmim.

- Ah, minha querida, nem pense que não ajudará. Você é minha arma secreta, porque todos eles vão subestimar você.

- Como assim?

- Sua falta de experiência em queimada poderia ser um risco muito grande se você focasse em acertar alguém. - Yasmim não se ofendeu, fatos eram fatos. - Por isso, teremos que sacrificá-la no início da partida para levá-la até o cemitério, do outro lado do campo.

- E o que farei quando chegar lá?

- Ah, entendi tudo... - comentou Victor, assentindo em apreciação ao plano de Maia.

- Ainda bem que sacou, Vito. Você, Yasmim, será responsável por lançar a bola de volta para mim e seu irmão quando estiver do outro lado, use o máximo de sua força e tente jogar alto o bastante para ultrapassar o corpo de Danilo se jogá-la na direção dele, o que você deve evitar ao máximo.

- Hmmm, por que?

- Porque ele se transforma num macaco louco quando joga, pulando alto pra pegar as bolas no ar, a única habilidade dele que não consigo superar.

- Entendido. Serei rápida e estarei atenta o tempo todo. Não vou te decepcionar, Maia.

- Sei que não. - disse Maia, com olhos confiantes.

- E eu?

- Focará em destroçar Caio. - Victor sorriu torto, com um súbito desejo assassino o tomando.

- Será um prazer.

- Ei, perdedores, estão planejando a construção de um palácio, é? Ou estão com medo demais para jogarem? - gritou Danilo do outro lado. - Estou com pressa para acabar com vocês!

- Isso só vai acontecer nos seus sonhos, cabeça-de-prego! - Maia gritou de volta e soltou a última orientação: - E se surgir a oportunidade, todos nós três podemos acertar a Jaque, ok? - bateu palmas animada, enquanto seu time se organizava. - Vamos lá, hora de esquentar as coisas, Tsunami de Fogo!

Os outros dois soltaram gritos de guerra ao ouvir o nome da equipe e se balançaram para esquentar o corpo. Victor estava animado como não se viu estar há muito tempo, tinha energia suficiente correndo por suas veias depois da noite incrível - e manhã também - que teve com Maia. E agora a ajudaria a destroçar o outro time com toda a dedicação que possuía. Não poderia mentir pra si mesmo, negando que estaria animado em acertar uma bela bolada nas fuças do belo e idiota Caio, com sorte a bolada seria forte o suficiente para jogá-lo para longe de Jaqueline, Yasmim e... Maia.

A Grande FarsaOnde histórias criam vida. Descubra agora