capítulo I

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Obs: Quero muito saber o que acharam e se puder deixar um comentário.

" o amor não se vê com os olhos mas com o coração."

William Shakespeare

- Não dá mais!

Totalmente decepcionada.

- Porque tu não me ama mais! - retrucou-me olhando em meus olhos.

- Não! , cansei de insistir, pessoas não mudam e pior que sabia ! - irritada com tudo aquilo.

- Você que sabe!

Irritado, se foi.

- Então tá ! Até nunca mais! - segurando as lágrimas - Não vou voltar atrás!

- Não ligo! - gritou ele de uma boa distância.

Naquele dia , tinha previsão de chuva , porém, nunca imaginei que choveria, logo, então, fiquei um tempo parada, pois, de alguma maneira , pensei que ele voltaria, desisti fui andando para casa , e do nada, começou a chover.

- Droga! Devia ter levado o guarda-chuva!

Vi alguns casais se protegendo e outros permitindo que a água os molhasse, estava frio, mesmo assim continuavam isso soou tão romântico, pois quantas pessoas ficam contigo na tempestade?

- O amor é uma ilusão, eu sabia!- protestando comigo mesma, limpando a lágrima do rosto- Se um dia tudo vai se acabar, a Terra , deixará de existir, o sol, talvez, e seremos pó! Pó! Pra quê? Se tudo acaba como se fossemos pessoas estranhas , escorre pelos dedos, quer saber eu não preciso dele!- porém, me sentia sozinha , não quis admitir ter que juntar os cacos que sobrou.

Caminhei em silêncio, distraída em meus pensamentos , até que deixei meu celular cair no chão, a chuva estava forte, tive de apurar o passo, quando não o senti no bolso voltei para trás, tarde demais tão quebrado quanto eu.

- Só o que me faltava!

Quando alguém me chamou.

- Ei moça! , quer uma carona?- disse um rapaz estranhamente bonito.

- Não obrigada!

Segui andando.

- Ora, só essa vez está chovendo forte...

- Cara! Já disse que não!

- Por que ser tão grossa?, eu apenas te ofereci ajuda, no entanto , desculpe-me o aborrecimento OK?- com um sorriso torto encantadoramente educado- Deixa de ser teimosa.- abrindo a porta do carro.

- Ora, só essa vez está chovendo forte...

- Cara! Já disse que não!

- Primeiro, Você é um estranho, segundo perdi a pessoa que mais amava, depois meu celular, um maldito carro passou por cima e não preciso de mais ninguém para estragar o meu dia!

- Com todo respeito, Acho que foi ele quem perdeu, pois eu acompanhe a discussão do outro lado da rua, na cafeteria. Aliás um idiota. deixa de marra te levo até casa.

- Tem certeza que não vai me sequestrar?.- mais calma.

- Por acaso tenho cara de sequestrador?- de um jeito carinhoso.

- Não...está bem você venceu.- estava tão cansada que cedi.

Me impressionei, quando ele saiu do carro envolvendo-me com sua jaqueta, durante todo o trajeto não falamos nada, finalmente cheguei .

- Posso te perguntar uma coisa ?.- pareceu pensar bem antes de dizer.

- Pode sim.- saindo do carro.

- Qual o seu nome?

- Charlie e o seu?

- Fernando.- analisando- me profundamente.

- Obrigada pela carona.- fugindo daquela conversa.

- Hum...só mais uma coisa, espero ter outros dias chuvosos para te ver.- falou com tanta certeza, parecia certo ou quase certo.

- Hum... Ok- conclui.

Observei-o indo embora.

- Isso foi estranho.- pensei comigo mesma.

Para sempre, CharlieOnde histórias criam vida. Descubra agora